Gestores do interior dizem se sentir desmoralizados ao proibir atividades que estariam sendo permitidas no litoral; prefeitos do litoral alegam que governo estadual, ao não desestimular descida ao litoral, não fez sua parte
A imposição temporária da fase vermelha em dezembro passado, rechaçada pelas prefeituras da Baixada Santista e mais cerca de 11 cidades paulistas, continua semeando a discórdia no estado de São Paulo.
Segundo publicação da Folha de São Paulo deste sábado, 09, gestores do interior estão se sentindo desmoralizados ao proibir atividades que estão liberados no litoral; os prefeitos do litoral, por seu turno, se queixam que o o governo estadual não colaborou desestimulando a descida para o litoral na rodovias.
O entrevero da vez aconteceu entre os colegas de partido Raquel Chini (PSDB), mandatária de Praia Grande, e Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo do Campo.
A ameaça de Doria (PSDB) de punir os dissidentes esquentou ainda mais os ânimos.
“Fecha a estrada que é fácil. Manda voltar todo mundo no pedágio, na Anchieta, na Imigrantes. Deixa o cara que tem casa aqui vir para cá e fecha para os outros”, afirmou Raquel Chini, segundo a Folha “Mas ninguém quer ser o ruim. Você quer ser o preocupado mas não quer levar o ônus”.
Já Orlando sugeriu que a desobediência às normas é oportunismo. “Estamos no meio de uma pandemia, ninguém vai fazer gol. Estou a 40 minutos da praia. Como explicar para o morador que aqui ele não pode ir ao restaurante se na cidade do lado ele pode? Agora não é momento de oportunismo.”
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