Jabutis-piranga foram encontrados em comércio de Guarujá, durante atendimento do Grupamento de Defesa Ambiental, e levados ao Cetas de Santos
Dois jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) foram resgatados, em Guarujá, no litoral de São Paulo, após serem encontrados em cativeiro irregular, durante uma ocorrência do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA). A equipe foi acionada para verificar a presença de um saruê, mas, ao chegar ao local indicado, um comércio de materiais para construção na estrada de Pernambuco, se deparou com os animais silvestres mantidos ilegalmente no estabelecimento.
O responsável pelo comércio entregou voluntariamente os jabutis aos agentes da guarda municipal. Por causa disso, conforme prevê a legislação ambiental, ele ficou isento de punição. Os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Orquidário Municipal de Santos, onde recebem cuidados e serão transferidos para um recinto adequado.
O jabuti-piranga é uma espécie nativa do Brasil e protegida por leis ambientais. Mesmo sendo dócil e popular como animal de estimação, mantê-lo em casa sem autorização legal configura crime ambiental. Segundo a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), comprar, vender ou manter animais silvestres sem licença pode levar a multas e até detenção.
A orientação para quem deseja ter um jabuti como pet é procurar criadores licenciados, com documentação regularizada. Isso ajuda a combater o tráfico de animais silvestres, prática ilegal que ameaça diversas espécies e prejudica o equilíbrio ambiental.
De hábitos onívoros, os jabutis-piranga vivem em áreas de menor umidade, com ampla distribuição desde o Nordeste até o Sudeste do Brasil, além de países como Colômbia, Bolívia e Paraguai. Os machos têm o plastrão côncavo, característica que facilita a reprodução.
Caso encontre animais em situação de risco ou fora do seu habitat, a recomendação é acionar órgãos como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar Ambiental e nunca tentar interagir diretamente com os bichos.