Conheça os aspectos mais marcantes da vida do padroeiro de Bertioga, desde o nascimento milagroso até a morte por denunciar injustiças
Celebrado em 24 de junho pelo seu nascimento, João Batista é figura única nas tradições cristãs. É um dos poucos personagens bíblicos cuja vinda ao mundo foi anunciada por anjo e prevista pelos profetas. Sua vida é narrada com destaque nos Evangelhos e está diretamente ligada à missão de Jesus.
Filho de Isabel e Zacarias, João nasceu de maneira extraordinária: seus pais já eram idosos e ela considerada estéril. Segundo o Evangelho de Lucas, o anjo Gabriel anunciou seu nascimento a Zacarias enquanto ele servia no templo, dizendo que o menino seria “cheio do Espírito Santo desde o ventre materno” (Lucas 1:15). Essa origem milagrosa reforça a importância de sua missão desde o princípio.
João Batista é também padroeiro de Bertioga, no litoral de São Paulo, onde a tradição católica e a devoção popular mantêm viva a memória desse profeta, que abriu caminho para a missão de Jesus. A seguir, veja o que as Escrituras revelam sobre ele.
João Batista era primo de Jesus, segundo o evangelho de Lucas. Quando Maria visitou Isabel, grávida de João, a criança “estremeceu no ventre”, num sinal de reconhecimento espiritual precoce da presença do Messias (Lucas 1:41). Esse episódio reforça a ligação profunda entre os dois desde antes do nascimento.
João Batista nasceu de Isabel e Zacarias, um casal idoso e considerado estéril. Seu nascimento foi anunciado pelo anjo Gabriel, que afirmou que ele seria “cheio do Espírito Santo desde o ventre materno” (Lucas 1:13-17). A profecia de Isaías (40:3) e Malaquias (3:1) já previa sua missão como a “voz que clama no deserto”.
João viveu no deserto, usava vestes de pelos de camelo, cinto de couro e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre (Mateus 3:4). Esse modo de vida austero remetia aos antigos profetas.
Foi João quem batizou Jesus no rio Jordão. Apesar da relutância inicial, cumpriu o ato a pedido do próprio Cristo. Durante o batismo, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu em forma de pomba e uma voz declarou: “Este é o meu Filho amado” (Mateus 3:13-17).
Jesus afirmou que João era “o Elias que havia de vir” (Mateus 11:14), referindo-se à missão profética de preparar o caminho para o Messias, como predito por Malaquias.
Jesus declarou: “Entre os nascidos de mulher, não surgiu ninguém maior do que João Batista” (Mateus 11:11), ressaltando sua importância singular no plano divino.
João denunciou publicamente o relacionamento entre o rei Herodes Antipas e Herodíades, mulher de seu irmão. Por isso, foi preso e mais tarde executado por decapitação, a pedido da filha de Herodíades, que pediu sua cabeça em um prato, durante um banquete de aniversário (Marcos 6:17-29).