Alexandre Sartorato partirá das Pirâmides de Giza, no Egito; ultramaratonista vale-se do esporte para chamar atenção para causas urgentes
O ultramaratonista brasileiro, o cubatense Alexandre Sartorato, está prestes a desafiar, mais uma vez, os limites do corpo humano. Primeiro atleta a completar a Volta ao Mundo correndo uma ultramaratona por dia, ele se prepara para nova jornada histórica: no final deste mês, Sartorato parte das icônicas Pirâmides de Giza, no Egito, para sua 2ª Volta ao Mundo. Ele atravessará continentes a pé e pretende percorrer média de mais de duas maratonas por dia (42,195km), com temperaturas que variam de 50ºC a -20ºC. A expedição tem previsão de durar 180 dias.
Mais do que um feito atlético extraordinário, a missão de Sartorato vai além da superação pessoal: ele quer chamar a atenção do mundo para causas urgentes. "Não é aceitável que fome, miséria e racismo ainda existam no nosso planeta. Quero usar essa jornada para dar voz a essas causas e sensibilizar o mundo para a urgência de combatê-las", afirma o ultramaratonista. Uma equipe de cinema acompanhará a trajetória, para produzir um filme sobre sua vida e seu legado.
A preparação para esse desafio é fruto de anos de dedicação. Desde 2020, Sartorato treina intensamente em desafios simulados para divulgar causas sociais. Ele correu de Cananeia (SP) a Paraty (RJ) em apoio ao Natal Solidário; percorreu 1.000km na esteira em 9 dias, para divulgar diferentes iniciativas; percorreu o litoral de Santa Catarina em apoio aos Médicos Sem Fronteiras; e correu 850km em uma semana, na esteira, em favor das Aldeias Infantis SOS.
Essa não é a primeira vez que Sartorato desafia os limites do corpo e da mente. Antes de sua primeira Volta ao Mundo, ele percorreu os 5.330km entre Oiapoque e Chuí em apenas 61 dias, para ajudar a divulgar o Movimento Amanhã sem Câncer, do Instituto Nacional de Câncer.
Quando iniciou sua 1ª Volta ao Mundo, com partida do Cristo Redentor, apoiou a candidatura do monumento como uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, ao mesmo tempo em que divulgou o trabalho das Aldeias Infantis SOS. Durante essa travessia, ele percorreu aproximadamente 100km por dia, utilizou 42 pares de tênis, consumiu mais de 2 mil litros de água, cerca de 600 litros de refrigerantes e mais de 100 quilos de macarrão.
Natural de Cubatão, na Baixada Santista, cidade que já foi conhecida como o “Vale da Morte” devido às condições ambientais extremas, ele transformou sua história ao se tornar um símbolo de superação, resiliência e inspiração global. A expedição tem o apoio do Instituto João Cláudio e poderá ser acompanhada pelas redes sociais no perfil oficial de Sartorato: @sartoratoinfinitemarathon.