LUTA FORA DE CAMPO

Santos FC adota medidas contra racismo, assédio sexual e moral

Acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho, na terça-feira (20), deve colaborar para relações mais respeitosas dentro do clube

Redação
Publicado em 22/08/2024, às 14h50

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Caso o clube descumpra alguma das obrigações estabelecidas, serão aplicadas multas - Divulgação/TV Brasil
Caso o clube descumpra alguma das obrigações estabelecidas, serão aplicadas multas - Divulgação/TV Brasil

O Santos Futebol Clube deu um importante passo contra o racismo e o assédio moral e sexual dentro de suas dependências. Ao firmar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT/SP), na terça-feira (20), o clube se dispôs a implementar diversas medidas em favor de um ambiente mais respeitoso, desde os funcionários internos, até os atletas.

Entre as medidas incluídas no termo estão: se abster, ou não tolerar, de qualquer prática que possa caracterizar assédio moral ou sexual e discriminação; adotar política permanente de prevenção ao assédio moral ou sexual e combate à discriminação; realizar ações de capacitação e manter um canal de denúncias eficiente. O clube ainda deve dar seguimento ao programa de capacitação em gestão humanizada; manter comunicação não violenta; ética nas relações de trabalho; valorização da diversidade e dignidade dos trabalhadores, com treinamentos periódicos para todos os funcionários, sendo destacada a capacitação em gestão e liderança para os funcionários integrantes de grupos vulneráveis, além de outros treinamentos.

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O clube também criou um comitê dedicado a promover a diversidade e combater a discriminação. De acordo com o MPT, este comitê será responsável por desenvolver e supervisionar políticas e práticas que garantam um ambiente inclusivo e respeitoso, para todos os funcionários e jogadores. Ainda foram implementados canais internos e externos, para que jogadores, funcionários e torcedores possam denunciar casos de discriminação de forma anônima e segura. Esses canais serão operados por uma empresa externa para garantir a confidencialidade e a integridade das queixas.

Caso o alvinegro praiano descumpra alguma das obrigações estabelecidas, serão aplicadas multas que podem chegar a R$ 50 mil por cláusula violada. O termo tem vigência indeterminada, com a devida fiscalização pelo Ministério Público do Trabalho, que firmou o acordo após denúncias registradas.

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