Encontro de Parceiros reuniu cerca de 60 pessoas na Riviera; proposta é para que as escolas criem projetos de sustentabilidade
Lucas Santos
Publicado em 13/03/2025, às 15h33
Um estudo publicado pelo Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2016, aponta que, em 2050, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Os efeitos do aquecimento global são sentidos como nunca em todo o mundo, com o aumento da temperatura do planeta, derretimento das geleiras, aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, desaparecimento de cidades litorâneas.
Com o objetivo conscientizar para essa realidade de curto e longo prazos, o Programa Clorofila, desenvolvido pela Sobloco Construtora há mais de 32 anos, executa diversas atividades socioambientais em 25 escolas públicas e privadas de Bertioga, no litoral paulista. Uma das principais atividades do Clorofila é o Prêmio Atitude Ambiental, que estimula alunos e professores a desenvolverem projetos escolares em prol do meio ambiente.
Na reunião Encontro de Parceiros, que ocorreu na manhã de quarta-feira (12), na Riviera de São Lourenço, a coordenadora do Programa Clorofila, Cristina Peres, revelou o tema do concurso deste ano e como ele deve funcionar: “Este ano, o nosso tema é Minha Escola Sustentável. A proposta é que as escolas criem pequenos projetos de sustentabilidade, de coisas que elas podem implantar, e que essas coisas sejam passadas para os próximos anos, sejam permanentes.
Cristina dá ideias de projetos, como diminuição do gasto de água e do uso de resíduos sólidos (como copos descartáveis), destinação de caixas de papelão da merenda para reciclagem, não uso de isopor em trabalhos etc. “Eles vão ter que apresentar isso para a gente no final do ano. Sempre são escolhidas três escolas para os prêmios principais, mas todas que participam recebem prêmio de participação, que vai ser entregue em novembro”, completa.
A diretora da escola municipal José de Oliveira Santos, Maria Paula, destaca que este tipo de projeto realmente engaja os alunos e faz com que eles mudem atitudes em relação ao meio ambiente. “Começa a nascer a consciência do desperdício; a gente foca muito no desperdício de alimento, de material. [Também] aprender a reciclar, a deixar [o lixo] separado, porque tudo tem um meio… É essa organização. Depois desses anos todos, você não vê um lixo na escola”, afirma. Ela explica que o que mantém o concurso ‘vivo’ nas escolas por tanto tempo é a luta pela sustentabilidade. “A gente sempre tem que estar renovando essa consciência, nas gerações das crianças, nos pais, e isso é para a vida toda”.
O encontro ocorre todos os anos, com a presença de convidados importantes para a educação e meio ambiente, como os gestores de escolas, secretarias de educação, supervisores e coordenadores pedagógicos, para discutir melhorias no meio ambiente da cidade. Cristina explica: “Aqui é um momento de nós fazermos a nossa retrospectiva do que foi feito no ano anterior, e, ao mesmo tempo, a gente faz uma troca, convidando pessoas não só das escolas formais, mas também vários setores que trabalham com educação socioambiental em Bertioga”.
Cerca de 60 participantes foram recepcionados com um café da manhã no restaurante Funchal, dentre os quais representantes da Fundação Florestal - Parque Estadual Restinga de Bertioga; APA Marinha; Greenpeace de Bertioga; CEA (Centro de educação ambiental de Bertioga); Associação de Monitores Ambientais (Amolb e Abeco); Sesc; Senac; Coletivo Educador de Bertioga; Cooperativa de Resíduos Sólidos de Bertioga Transformar; Parceiros da Educação; Fundação 10 de Agosto e Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) - Polo Bertioga.
Lucas Santos
Estudante de Jornalismo Digital na Uniasselvi