LINDO, MAS PERIGOSO

O voo da arraia: surfista de Ubatuba (SP) registra raro salto do animal na Costa Norte

Renato Tindeiro foi surpreendido pelo movimento do bonito, porém, perigoso animal. Veja o que fazer caso se depare com uma arraia

da Redação
Publicado em 07/06/2021, às 11h48 - Atualizado em 08/06/2021, às 10h07

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Registro foi compartilhado nas redes sociais - Reprodução/ Renato Tindeiro
Registro foi compartilhado nas redes sociais - Reprodução/ Renato Tindeiro

Os especialistas ainda não conseguem explicar ao certo o motivo das arraias pularem: há quem diga ser por uma questão da remoção de parasitas, mas há também quem acredita ser uma técnica para chamar atenção das fêmeas para reprodução. Independente disso o animal encanta quando aparece e poucas são as pessoas que tem a sorte de registrar esse belo momento.

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Um dos agraciados com o voo do animal foi o comerciante Renato Tindeiro, que avistou uma delas na Praia do Felix, na Costa Norte de Ubatuba (SP), no domingo, 6. Ele surfava quando o animal marinho apareceu, e pulou por duas vezes atraindo os olhares de quem estava no local.

"Eu esperava as ondas e a câmera estava preparada justamente por isso. Quando ela (a arraia) ela pulou eu fiquei surpreso. Realmente um sentimento de gratidão e privilégio. Ficou parecendo uma selfie, mas foi sorte", disse ele.

Renato surfa desde os oito anos de idade e já tinha avistado raias anteriormente, mas pulando foi a primeira vez.

Apesar da beleza e da característica a princípio dócil, as arraias são animais, que demandam cuidados específicos. Elas aparentemente são inofensivas, no entanto, têm ferrão e o veneno pode levar à morte ou amputação do membro atingido. Portanto a recomendação ao se deparar é a de, em hipótese alguma, encostar no animal.

Mais sobre as arraias

Biologicamente, as arraias podem ser classificadas como espécies cartilaginosas, aquáticas, membros da subordem Batoidea, com corpo delgado e com as aberturas das brânquias curiosamente posicionadas abaixo da cabeça. Elas pertencem à subclasse Elasmobranchii, onde também estão os tubarões, enguias, quimeras, cações, entre outras espécies semelhantes.

O veneno das arraias é composto por enzimas e pelo conhecido neurotransmissor “serotonina”, o mesmo responsável pelas sensações de prazer e bem estar –, só que, nesse caso, ele faz com que os músculos atingidos contraiam-se, o que evita a circulação sanguínea, enquanto provoca a imediata sensação de dor.

Se a serotonina faz a sua parte contraindo os músculos, as enzimas tratam de destruir as células e os tecidos, causando o apodrecimento dos músculos e a interrupção da circulação. Caso não tratado a tempo, o dano pode levar até mesmo à amputação do membro comprometido ou mesmo a morte.

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