CHUVA HISTÓRICA

“Aproveitadores”, diz prefeito após denúncias de superfaturamento no Litoral Norte

Preços de água, combustível e fretes aéreos mais que dobraram nos últimos dias; Procon foi acionado e fiscalizará com muito rigor

Da redação
Publicado em 22/02/2023, às 15h16 - Atualizado às 16h13

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Preços de água, combustível e fretes aéreos mais que dobraram nos últimos dias Calamidade Pública - Reprodução
Preços de água, combustível e fretes aéreos mais que dobraram nos últimos dias Calamidade Pública - Reprodução

Após a tragédia que atingiu o Litoral Norte no último fim de semana, milhares de pessoas enfrentaram falta de água potável, limitação na venda de combustíveis e escassez de alimentos; tal situação foi o suficiente para que comerciantes oportunistas superfaturassem os produtos básicos.

Além das infrações dos itens básicos, pilotos de helicóptero estariam cobrando até R$ 20 mil para tirar pessoas ilhadas da região atingida pelas chuvas. Em dias normais, a viagem para seis passageiros, além de piloto e co-piloto, sai por R$8.500 a hora. Os valores mais caros no tempo de até uma hora podem chegar a R$13 mil.

Após as denúncias, a prefeitura de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, acionou o Procon da cidade para averiguar a situação. Em entrevista à imprensa, o prefeito Felipe Augusto (PSDB), chamou os agenciadores de viagens de “aproveitadores” e disse que eles estão querendo obter vantagem de uma tragédia.

“Nós vamos no meio dessas operações de serviço, já vou determinar ao Procon que fiscalize com muito rigor porque os aproveitadores... eles estão fazendo um absurdo”, disse o prefeito.

Felipe Augusto ainda relatou que identificou a venda de outros itens superfaturados, como água potável que se tornou escassa na região com o bloqueio de estradas por conta dos deslizamentos causados pelas chuvas. Segundo o prefeito, a prática está sendo registrada em estabelecimentos comerciais da cidade.

“São vendas, mercados, bares, diversas pessoas que tinham estoque”, relatou ele. “O que você imaginar está acontecendo”, completou o chefe do Executivo municipal.

Moradores confirmam a versão do prefeito e relatam ainda que fardos de água são vendidos a quase R$ 100 reais e unidades de 1 litro a R$ 40.

"Não tem mais pão, carne acabou, papel higiênico acabou também. Água eles tão vendendo 12 unidades de 500 ml por R$ 93 (1L por R$ 15,50). Tem gente que está vendendo 1 litro de água por 40 reais, é um absurdo", relatou a moradora Suzan Tavares.

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