Prefeitura santista aumentará subsídio mensal de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões; tarifa continua em R$ 5,25
Redação
Publicado em 23/04/2024, às 14h19 - Atualizado às 14h47
A prefeitura de Santos anunciou o congelamento da tarifa do transporte público municipal neste ano. Para tanto, ampliará os recursos destinados ao subsídio mensal, de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões. Assim, o reajuste não será repassado ao usuário, que continuará pagando pela passagem os atuais R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro de 2023.
A administração municipal explicou que, caso não houvesse o aporte nos últimos anos, o valor a ser pago pelo passageiro seria de R$ 6,75, ou seja, R$1,50 a mais por viagem.
O prefeito Rogério Santos disse: “Trabalhamos para congelar o valor da tarifa por mais um ano, sem qualquer aumento no preço da passagem, o que é muito importante para as pessoas que fazem uso do transporte público de Santos. Além disso, vamos cobrar as melhorias que nossas frotas e linhas precisam para oferecer um serviço cada vez melhor aos usuários do sistema”.
Click aqui para seguir nosso canal no WhatsApp
A atualização anual do valor da tarifa está prevista no contrato de permissão com a Viação Piracicabana, empresa que opera o serviço em Santos. A definição do novo preço considera, entre outros fatores, a elevação de custos de combustível, lubrificantes, peças, acessórios e folha de pagamento. Contudo, o maior impacto na atualização da tarifa relaciona-se diretamente à redução do número de passageiros pagantes transportados.
A prefeitura lembra que o cálculo final da tarifa é um rateio do custo total do transporte entre os usuários pagantes do sistema. E, desde a pandemia, a quantidade de usuários não retornou aos índices de anos anteriores, quando chegou a 3.200 milhões de passageiros/mês. Em 2023, o total de passageiros pagantes foi de cerca de 1.500 milhão/mês.
O aporte público para custeio da tarifa de transporte é um mecanismo previsto em lei municipal, desde 2015, e utilizado por várias cidades do país para incentivar o seu uso. A prefeitura disse que o esforço para a ampliação do subsídio visa garantir ao usuário um serviço com qualidade e menor impacto possível na sua renda. E, dessa forma, evitar também uma perda ainda maior de passageiros no sistema.
Levantamento atualizado da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) aponta que o transporte público ainda sofre as consequências da pandemia de covid-19. Os ônibus, assim como os sistemas sobre trilhos, vivenciaram uma perda de demanda de passageiros que chegou a 80% durante a crise sanitária e, mesmo agora, ainda não conseguiram recuperar o volume de antes da pandemia.
O estudo da NTU aponta que a situação está um pouco melhor no pós-pandemia, mas que a recuperação foi apenas parcial. E que, diante da demora do retorno dos passageiros, supõe-se que eles tenham deixado o sistema de vez, por razões diversas. Entre elas, as principais são a crise econômica, os aplicativos de mobilidade urbana e a implantação do sistema de avanço do home office.
Com informações de prefeitura de Santos
