JET suspende aluguel de patinetes elétricos em Santos

Principal serviço de locação de patinetes elétricas, em Santos, a empresa JET anunciou que suspendeu, temporariamente, atividades na cidade, após decisão da prefeitura. Os 150 mil usuários cadastrados na unidade local podem requerer devolução de saldos de depósitos - exceto valores de bônus - com a equipe de suporte da empresa, pelo e-mail [email protected], por WhatsApp no 13 99137 4203 e via Telegram.

Conforme a locadora, a interrupção ocorre por causa de decisão da prefeitura de Santos, em negar alvarás para empresas que alugam patinetes, sob argumento de que o município nunca regulamentou o serviço. A prefeitura, por sua vez, diz que “os referidos pedidos de alvará foram indeferidos e a situação de contribuintes e empresas indistintamente está protegida pelo sigilo fiscal”.

Em nota, a JET afirma ainda que tenta dialogar com o poder público, a fim de encontrar uma solução para continuidade do serviço. Em fevereiro, a companhia arcou com mais de R$ 30 mil em multas à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, em razão de operações municipais de apreensão de veículos, por causa de clientes que descumpriram leis de trânsito. Cerca de 240 patinetes da marca foram apreendidas, na época. 

Atropelamento 

As apreensões em massa, por parte da prefeitura, e fiscalização mais severa passaram a ocorrer  após Vivian Guerra Inácio, de 48 anos, que aguardava uma amiga na praça do Surfista, no calçadão da praia, ser atingida por um equipamento da JET conduzido por uma mulher e uma criança. Ela teve o fêmur quebrado, precisou de uma transfusão de sangue e passou por cirurgia. A mulher teve também escoriações nos braços e nas mãos ao proteger a cabeça. O caso aconteceu em 28 de janeiro.

No final de fevereiro, a JET comunicou que os usuários que descumprissem as regras de trânsito estariam sujeitos a arcar com multas e taxas. As infrações de excesso de velocidade a estacionamento inadequado chegavam a multas de R$ 150.

Concorrente tomou a dianteira 

A FlipOn, empresa que atuava há cerca de três anos em Santos, anunciou o encerramento de suas atividades em fevereiro. O proprietário Glauber Traldi alegou que a decisão foi motivada pela concorrência, que “operava com irregularidades, deixando a competição desleal”. O último dia de operação das patinetes roxas, em Santos, foi em 24 de fevereiro.