Ilha em SP visitada por Bolsonaro já foi considerada pior lugar do mundo

Uma célebre ilha no litoral de SP ganhou o noticiário mais uma vez nesta terça-feira (21), após o presidente Jair Bolsonaro  (PL), que passa o final de ano no litoral, realizar uma pescaria nas imediações do local. A Ilha da Queimada Grande, atende por um nome que faz mais jus a uma peculiar característica do local e que a tornou famosa: Ilha das Cobras.

Localizada a pouco menos de 19 milhas náuticas (35 km) do litoral de Peruíbe e Itanhaém, a ilha visitada pelo presidente está repleta de cobras. Há uma espécie endêmica da ilha, ou seja, há uma espécie de cobra, a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), que só existe por lá.

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Há estimativas não confirmadas oficialmente de que pode haver cinco cobras por metro quadrado na ilha ou 45 por hectare (um campo de futebol). O serpentário natural concentra o segundo maior aglomerado de cobras do mundo, atrás apenas da Ilha de Shedao, na China.

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Isolada na ilha, por ação da seleção natural, a jararaca-ilhoa acabou se tornando menor e menos pesada do que suas parentes, o que facilitou a locomoção durante a caçada nas árvores. Isso mesmo, ela sobe em árvores.

O animal também adquiriu a habilidade de agarrar coisas utilizando a cauda e um veneno altamente potente mais ativo em aves (sua principal presa), do que em mamíferos. Como só existe na ilha, a espécie é ameaçada de extinção.

A ilha se formou em algum momento do último período glacial, que começou há 21 mil anos e terminou há 11,5 mil. A costa, sem praias, é constituída por paredões rochosos. O nome ‘Queimada Grande’ é oriundo da prática de pescadores que iam até o local e ateavam fogo na vegetação, como forma de afastar as serpentes.

Em 2010, a publicação internacional Listverse, especializada em listas das melhores e piores coisas, elegeu a Ilha das Cobras como o pior lugar do mundo para se visitar. A ilha foi considerada pior de se visitar do que a cidade radioativa Chernobyl ou os vulcões de lama do Azerbaijão.

Pelo seu conjunto de características, a visitação à ilha é proibida. Somente pesquisadores e a Marinha podem entrar no local, mediante autorização de órgãos federais.

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