SERPENTES NO LITORAL

Filhote de coral verdadeira é encontrada em pizzaria no litoral de SP

Biólogo Fábio Barata foi chamado às pressas para retirar a coral verdadeira na calçada do estabelecimento; este é o terceiro caso na semana

Lenildo SIlva
Publicado em 24/03/2022, às 11h37 - Atualizado às 14h54

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Filhote de Coral verdadeira é encontrada em pizzaria no litoral de SP Coral verdadeira filhote de serpente Micrurus corallinus - Fabio Barata
Filhote de Coral verdadeira é encontrada em pizzaria no litoral de SP Coral verdadeira filhote de serpente Micrurus corallinus - Fabio Barata

Um filhote de serpente Micrurus corallinus conhecido como coral verdadeira foi flagrada passeando em frente a uma pizzaria de Peruíbe, no litoral de São Paulo. A belíssima coral verdadeira foi resgatada pelo biólogo e observador de aves, Fabio Barata.

“Alguns minutos atrás recebemos uma ligação dos amigos da Pizzaria Bella Pizza, onde fui acionado para retirar uma coral na calçada, peguei meus equipamentos e fui até o local, onde avistei os irmãos Lino e Honório com essa linda e jovem cobra-coral (Micrurus corallinus)”, escreveu o biólogo.

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A serpente localizada na calçada, em frente ao estabelecimento, foi analisada e o biólogo afirmou que se tratava de uma coral verdadeira, ou seja, peçonhenta. Ela tem 10 centímetros de comprimento, foi resgatada com segurança e entregue ao seu habitat natural. Ninguém ficou ferido.

O biólogo enfatiza que as aparições de serpentes são normais nessa época de calor intenso e chuvas constantes, além do simples fato de que nós é quem estamos invadindo os locais delas, pois o litoral de São Paulo é cercado pela Mata Atlântica e pelo Oceano Atlântico.

“Essas serpentes têm hábitos de ficar debaixo de folhas, madeiras, gramas cortadas e buracos em meio às matas e florestas, quando chega março, com o excesso de chuvas (Águas de março) é bem comum os encontros com essa bela serpente”, disse Barata.

Três em uma semana

No início da semana, órgãos ambientais de Peruíbe, encontraram duas corais verdadeiras em um intervalo de algumas horas em áreas urbanas da cidade. “Foram dois indivíduos juvenis de Micrurus corallinus”, afirmou o biólogo Thiago Malpighi, da Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura da cidade, em entrevista ao Portal Costa Norte.

Segundo a Secretaria da cidade, em pouco mais de seis meses, foram contabilizadas 24 serpentes encontradas, contando com as duas capturadas no início da semana. “Destas, 07 espécies [eram] peçonhentas, de interesse da saúde pública”, diz o documento.

Coral-verdadeira

São chamadas popularmente de cobra-coral e de coral as espécies de serpentes que apresentam padrão de anéis coloridos pelo corpo, ou mesmo apenas o corpo vermelho. Ao todo existem 32 espécies da família Elapidae (corais-verdadeiras) e 49 da família Dipsadidae (Falsas-corais), além de duas espécies da família Colubridae (Simophis rhinostoma e Rhinobothryum lentiginosum) e a Anilius scytale (Família Aniliidae).

Dentre as corais, costuma-se chamar de corais-verdadeiras aquelas que são peçonhentas e pertencentes à família Elapidae. A coloração vermelha presente nelas é uma forma de aposematismo - um mecanismo de defesa que consiste em uma coloração de advertência para potenciais predadores.

Não se recomenda que leigos tentem diferenciar as corais venenosas das falsas-corais, mantendo sempre a distância e o respeito por esses animais quando encontrá-los. Uma grande diversidade de corais está presente em nosso país e somente quem lida com esses animais adquire a experiência necessária para reconhecê-las corretamente.

O que fazer?

Em caso de encontro com cobras em áreas urbanas, deve-se manter a distância e acionar quem possa preservar tanto a integridade física das pessoas quanto do animal.

A primeira coisa é chamar um [órgão ambiental] responsável. Sendo na área urbana, a melhor coisa é ligar para os bombeiros, guarda ambiental ou outro órgão parecido. Polícia Ambiental pelo telefone (12) 3842-0123 no Litoral Norte ou nos telefones; (13) 3348-4774 e (13) 3853-5750 para quem está na Baixada Santista ou Vale do Ribeira. A identificação não é necessária.

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