CULTURA POPULAR

Ilhabela reconhece manifestações carnavalescas como patrimônio imaterial

A lei foi assinada na tarde de quarta-feira (30) pelo prefeito Toninho Colucci na presença de líderes e presidentes de agremiações do município.

Gabriela Petarnella
Publicado em 31/08/2023, às 08h08

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Os presidentes e líderes das agremiações estiveram presentes na reunião para a assinatura da lei - LECI - Liga das entidades carnavalescas de Ilhabela
Os presidentes e líderes das agremiações estiveram presentes na reunião para a assinatura da lei - LECI - Liga das entidades carnavalescas de Ilhabela

Em um marco na história da cultura de Ilhabela, as comunidades e agremiações carnavalescas do município, assim como suas atividades e expressões artísticas, tornaram-se patrimônio imaterial reconhecido por lei, a partir de quarta-feira (30) . 

O projeto de autoria do vereador Alexander Augusto (Leléco Augusto) já havia sido aprovado no dia 15 de agosto durante uma sessão ordinária e na tarde de ontem foi oficializado pelo prefeito Toninho Colucci que parabenizou os líderes presentes no momento: “estou muito feliz pela conquista, parabéns ao vereador e aos presidentes.” 

A Lei levará o nome de Fátima Aparecida de Jesus, uma homenagem póstuma à ex-presidente e precursora de um grande legado da escola de samba Padre Anchieta, pioneira do município e ainda ativa após 57 anos de tradição. 

A justificativa apresentada pelo autor do projeto é de que o carnaval é uma das festas populares mais tradicionais e celebradas do Brasil, e que essa lei é importante para garantir a livre manifestação cultural que muitas vezes é impedida de ser exercida por puro preconceito.

O vereador Leléco, que faz parte de uma família com amplo legado carnavalesco, ainda ressaltou em seu discurso durante a votação na Câmara que esta “é uma vitória de uma manifestação cultural que gera muitos empregos e contempla trabalhadores diretos ou indiretos, musicistas, dançarinos ou artistas plásticos, contribuindo para formação de bons cidadãos e agregando com ações sociais. 

O carnaval em Ilhabela

Por volta de 60 anos atrás, uma tradição nascia em Ilhabela com um pequeno grupo de amigos se divertindo em um dia de carnaval com o Banho da Gerarda, inspirado no conhecido Banho da Dorotéia realizado desde 1923 na cidade de Santos. A folia, caracterizada por seus desfiles durante o dia com chegada no mar para “tomar um banho”, com o passar dos anos ganhou outras proporções e novas formas. 

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LECI - Alegoria abre-alas da escola de samba Unidos de Padre Anchieta

Por volta de 1970 foi  fundada, então, a primeira escola de samba da cidade inspirada nos moldes dos grandes desfiles das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, por lazer. A Unidos de Padre Anchieta por muitos anos desfilou sozinha até que o surgimento de seus adversários, outras agremiações, em meados dos anos 1990/2000 oficializasse a competição carnavalesca que se tornou tradição de muitas famílias caiçaras. 

Atualmente as competições são compostas por cinco escolas de samba, quatro blocos concorrentes, inúmeros blocos de embalo (blocos de abadá que não competem), além é claro dos blocos do Banho da Dorotéia que resistem e continuam levando a folia aos períodos diurnos de festa.

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