No domingo (8), uma baleia foi achada sem vida, boiando nas proximidades da praia da Vila. Dessa vez, uma baleia juvenil foi vista por pescadores, na terça-feira (10), também morta, entre as praias das Anchovas e Indaiaúba. Só neste ano, nove baleias morreram no Litoral Norte
O arquipélago de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, registrou, na terça-feira (10), mais uma morte de baleia jubarte no mar ilhabelense.
Após pescadores encontrarem uma baleia morta, boiando nas proximidades da praia da Vila, no domingo (8), o Instituto Argonauta informou que uma baleia jubarte juvenil, de quase 8 metros, foi achada sem vida entre as praias Anchovas e Indaiaúba.
A equipe foi avisada da ocorrência por pescadores da praia do Bonete, por meio de um grupo criado para facilitar a comunicação entre as comunidades de pescadores e os técnicos e pesquisadores que estudam esses animais na região.
O animal foi encontrado boiando, com pedaços de rede presos à carcaça, o que pode ter sido a causa de sua morte. Essas interações entre baleias e petrechos de pesca são incidentais e estão sendo observadas em maior número.
No caso registrado ontem em Ilhabela, o animal foi rebocado e encalhado em costão próximo à praia de Anchovas. Esse procedimento é realizado pelo Instituto Argonauta como alternativa para a correta destinação da carcaça, longe da população, onde poderá naturalmente ser decomposta, completando o ciclo de nutrientes necessário para o ambiente. Foram coletadas para análise amostras de gordura, pele e músculo do animal.
Só neste ano, a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta registrou a ocorrência de nove baleias-jubarte mortas na região, nas cidades de São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba.
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As baleias-jubarte são animais migratórios, que durante o inverno e a primavera se deslocam até águas mais quentes para se reproduzir. Na região, a migração coincide com a época de captura de peixes como a tainha e a sororoca, quando é realizado o tipo de pesca com redes de espera.
Assim, as capturas incidentais de espécies que não seriam alvo, como as baleias, têm se tornado mais frequentes e, em alguns casos, fatais.
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