Indivíduos da espécie são animais oceânicos, que dificilmente são avistados na costa
Na manhã desta quinta-feira (12), o Instituto Gremar, especializado em resgate de animais marinhos, foi acionado pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Colaboradores do Forte dos Andradas, em Guarujá, relataram o encalhe de uma tartaruga marinha com vida na praia do Monduba.
Ao chegar ao local, a equipe de resgate constatou que se tratava de uma tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) adulta.
O animal foi imediatamente encaminhado ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos para receber atendimento veterinário. No exame clínico de entrada, a equipe observou que a tartaruga de 29 kg estava desidratada, caquética, apresentando desmineralização do casco e do plastrão (sintoma associado ao quadro de subnutrição) e com muitas sanguessugas pelo corpo.
Teve início, a seguir, o tratamento suporte, com hidratação venosa e medicações, banho em água com temperatura controlada, além da remoção dos ectoparasitas. Também foi realizada coleta de sangue e exames de raios-X.
No momento, o prognóstico da tartaruga é reservado. O animal está sendo monitorado intensivamente pela equipe de reabilitação do Instituto.
As tartarugas-olivas são animais oceânicos, que dificilmente são avistadas na costa, diferentemente da tartaruga-verde (Chelonia mydas), que ocorre com mais frequência por utilizar essa região durante a alimentação.
Elas habitam mares tropicais e subtropicais, nos oceanos Pacífico e Índico. E no Oceano Atlântico ocorrem principalmente na América do Sul, América Central (Mar do Caribe) e na costa oeste da África.
No Instituto Gremar, este é o terceiro registro de encalhe com vida desta espécie, sendo que o último havia ocorrido em 2016, na cidade de São Vicente.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre São Vicente e Bertioga, entre em contato com o Instituto Gremar pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.
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