ALMA-DE-MESTRE

Ave oceânica rara é resgatada no litoral sul paulista

Espécie aparece muito raramente na costa brasileira. Exemplar foi levado para a sede do Instituto Biopesca, em Praia Grande

Da redação
Publicado em 06/05/2022, às 09h11 - Atualizado às 09h30

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O curioso nome da ave é alusivo ao som que ela emite Ave oceânica rara é resgatada no litoral sul paulista Ave alma-de-mestre na sede do Biopesca - Reprodução/Instituto Biopesca
O curioso nome da ave é alusivo ao som que ela emite Ave oceânica rara é resgatada no litoral sul paulista Ave alma-de-mestre na sede do Biopesca - Reprodução/Instituto Biopesca

Uma ave conhecida como alma-de-mestre foi resgatada na tarde de segunda-feira (2) pela equipe do Instituto Biopesca em Itanhaém, litoral sul de São Paulo.

A espécie oceânica aparece muito raramente na costa brasileira. Segundo o instituto, a ave havia sido encontrada dois dias antes por uma pessoa que a levou para casa e a alimentou com pão. Quando notou que a ave não apresentava melhora, a encaminhou a uma instituição ambiental, que acionou o Biopesca posteriormente.

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A médica veterinária Vanessa Ribeiro, explica que “a alimentação de animais silvestres é completamente diferente, particularmente o de aves marinhas como o alma-de-mestre e, em muitos casos, procedimentos inadequados podem piorar o estado de saúde do animal”.

Ela também lembra que “para que animais silvestres sobrevivam, é fundamental que recebam cuidados especializados de profissionais da área o mais rápido possível porque, dessa forma, as suas chances de reabilitação aumentam”.

"Quando encontrar uma ave na praia, a pessoa deve acionar imediatamente os órgãos ambientais competentes, a exemplo do Instituto Biopesca. A mesma recomendação vale para os casos de achados de tartarugas marinhas, golfinhos e baleias”, reforça Vanessa.

O alma-de-mestre resgatado em Itanhaém está em observação na sede do Biopesca, em Praia Grande, e já recebeu todos os cuidados necessários. 

Alma-de-mestre

De acordo com o instituto,  o alma-de-mestre, assim como outras aves marinhas, alimenta-se de crustáceos e pequenos peixes. É uma ave austral, ou seja, que ocorre no oceano Antártico e predomina no hemisfério Sul. Ele surpreende pela sua capacidade de voo diante do seu pequeno tamanho. Essa ave tem, em média, 18 centímetros, e esse indivíduo resgatado tem pouco mais de 16,5 cm.

O curioso nome da ave é alusivo ao som que emite, um pio carregado de sentimento, que segundo as tradições, seria o lamento das almas de mestres ou capitães de navios que se perderam em naufrágio. Essas tradições vêm principalmente de pescadores e marinheiros portugueses. 

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