"Carro do ovo" volta a fazer vítimas no litoral, desta vez em Guarujá (SP)

Uma nova estratégia criminosa está tirando a paz de moradores do litoral de São Paulo. Trata-se do “golpe do carro do ovo”, no qual estelionatários se utilizam da boa fé de moradores das comunidades da Baixada Santista e aplicam o golpe descaradamente.

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Há uma semana, o Portal Costa Norte publicou a denúncia de uma dona de casa de Praia Grande que afirma ter sofrido prejuízo após seu esposo ter caído do golpe dos criminosos, após a notícia viralizar com o depoimento da praiagrandense, uma mulher em Guarujá também alegou ter sofrido o mesmo golpe, no mesmo dia e perdido R$ 1.016 ao comprar 30 ovos por R$ 16.

De acordo com a vítima, moradora do bairro Santa Rosa, ao ouvir o som do anúncio da venda dos ovos, pediu para seu esposo ir na rua comprá-los. Ao realizar o pagamento, o marido da mulher informou que era na função débito por aproximação, porém o vendedor alegou que não aceitava por aproximação. A vítima, então, disse que colocaria a senha, e o vendedor digitou R$ 16 na máquina de cartão, mostrou para a vítima, que colocou a senha.

No mesmo instante, o estelionatário disse que a maquininha não estava funcionando e optou por trocá-la, em uma nova maquininha de cartão a vítima colocou a senha enquanto eles conversavam sobre outro assunto. O aparelho estava com o visor danificado e a vítima só percebeu que foi debitado R$ 1.016 quando olhou o extrato da conta no aplicativo do banco.

Após o golpe, o casal acionou a polícia e, segundo eles, o carro foi avistado por um radar de inteligência em Praia Grande. Segundo as vítimas, o banco informou que deve ressarcir o valor perdido em sete dias. O caso foi registrado como estelionato na DP Sede de Guarujá.

O que é o "golpe da maquininha"?

Esse tipo de golpe já é comum entre apps de delivery e motoboys que utilizam de artimanhas que no fim causam prejuízos às vítimas. Nesse tipo de fraude, os estelionatários utilizam uma maquininha com o visor propositalmente quebrado, no qual a vítima só consegue ver os últimos dígitos do valor da compra.

Por exemplo, a compra custou R$ 35,50, o fraudador coloca na máquina um valor superior ao da aquisição, como R$ 1.035,50. O consumidor vê apenas os últimos dígitos do valor, aparentemente correto, e efetua o pagamento.

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Como posso me proteger?

Pagar o pedido sempre pelo aplicativo da entrega;

· Nunca pague seus pedidos em maquininhas com o visor danificado;

· Ativar os SMS de confirmação de pagamentos do cartão de crédito.

· Verifique se na hora de colocar a senha ela está protegida pelos caracteres;

· Sempre exija a sua via do comprovante;

É um direito básico do consumidor a reparação por danos causados nas relações de consumo. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina que todas as empresas que participam da relação consumerista são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados ao usuário, referente à compra do serviço. É importante frisar que, nesses casos, o cliente pode registrar sua reclamação no órgão de defesa do consumidor.