EM BUSCA DE ADRENALINA

Rampa de voo livre de Caraguá atrai mulheres pilotos da Argentina e do Chile

Vinte mulheres, da Argentina e Chile, visitam a cidade para praticar o esporte; pilotos vieram ao Brasil para evento de voo livre feminino

Estéfani Braz
Publicado em 10/04/2024, às 21h12 - Atualizado em 11/04/2024, às 16h24

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Vinte mulheres da Argentina e Chile estão em Caraguatatuba até esta quinta-feira (11) para prática de voo livre - Arquivo pessoal / Samuel Monteiro
Vinte mulheres da Argentina e Chile estão em Caraguatatuba até esta quinta-feira (11) para prática de voo livre - Arquivo pessoal / Samuel Monteiro

Dizem que a prática do voo livre representa uma das maiores sensações de liberdade que o ser humano pode ter, além de possibilitar a contemplação da natureza de um ângulo diferente. Para os praticantes, a atividade possibilita vivenciar e visitar novos locais constantemente. Nesta semana, 20 mulheres, provenientes da Argentina e do Chile, desembarcaram em Caraguatatuba para conhecer a rampa local e praticar o esporte. A cidade é referência no litoral do estado para a atividade.

Elas participaram do 3º Encontro Internacional de Voo Livre Feminino, em Socorro (SP), e depois viajaram mais 247 quilômetros para conhecer a cidade do litoral norte e praticar o esporte. 

Equipamentos para decolagem
Argentinas e chilenas vieram ao Brasil para encontro internacional de voo livre feminino. - Arquivo pessoal / Samuel Monteiro

Mou Yin, mais conhecida como Shauin, é empresária na Argentina e está em Caraguatatuba pela primeira vez, mas já pretende retornar. “Nós chegamos aqui e tem muitos amigos pilotos que dizem que, quando você vai a algum lugar, liga para esse, liga para aquele. E foi assim. Nos passaram o contato do pessoal do clube de voo livre e a gente achou muito legal aqui. Fizemos até churrasco de confraternização”. 

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Uma das integrantes do grupo, a geneticista Claudia Ipucha, já morou no Brasil, há 20 anos, e retorna ao país pela primeira vez, depois deste tempo. “Eu morei aqui só por quatro anos, e é a primeira vez que volto para cá. A primeira vez foi por estudo, na Universidade e, agora, por um prazer, que é o esporte”. 

Depois de conhecer Caraguatatuba, uma parte da equipe segue para a cidade de Castelo (ES), onde acontecerá, de 13 a 20 de abril, a 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Parapente 2024.

Apaixonada pelo Brasil e pelos brasileiros, a professora de snowboard, em San Carlos de Bariloche, na Argentina, Patrícia Pomar conta que conhece grande parte do país. “A gente veio muitas vezes. Eu conheço desde Fortaleza ao Rio Grande do Sul. E aqui gostei muito. Adoramos a rampa. Muito diferente da que estamos acostumados na Argentina”.

O morro do Santo Antônio, com 345 metros de altura, atrai visitantes e praticantes de voo livre de várias partes do país, e se constitui em referência na região. Guilherme Leite, diretor técnico de asa delta, do Clube de Voo Livre Caiçara (CVLC), ressalta a importância desse tipo de turismo. “É um prazer imenso receber essas mulheres. Primeiro, pelo papel que elas têm dentro do esporte, para disseminar esse esporte para mulheres. O voo livre, ele foi visto num passado, como um esporte centralizado ao público masculino. Mas, hoje, tem sido cada vez mais disseminado para as mulheres e a gente tem hoje mulheres pilotos de alta performance”. 

FESTIVAL DE VOO LIVRE

Caraguatatuba sediará, entre 27 e 28 de abril, o 4º Festival de Voo Livre Auracy Mansano, e espera receber pilotos de várias partes do país. Em 2023, mais de duzentos pilotos se inscreveram para participar do evento. A expectativa do clube de voo é de que, neste ano, o número seja ainda maior. Os saltos de asa delta e paraglider serão realizados em uma das rampas de voo livre do morro Santo Antônio, e o pouso realiza-se em área próxima à praia do Centro.

Estéfani Braz

Estéfani Braz

Formada em Comunicação Social na Faculdades Integradas Teresa D'Ávila

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