LIBERADO

Mexilhões de Caraguatatuba são liberados para consumo após análise

Cultivo e consumo ficaram suspensos por 6 dias devido a análises; concentração de algas não gerou biotoxinas, assegura CDA

Redação
Publicado em 21/12/2023, às 17h33

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Resultado obtido nesta quinta-feira libera produções de mexilhões no litoral norte - Divulgação SAA
Resultado obtido nesta quinta-feira libera produções de mexilhões no litoral norte - Divulgação SAA

O consumo e retirada de mexilhões do cultivo da Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, foram liberadas na manhã desta quinta-feira (21), após a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) receber os resultados de análises de material coletado em caráter de urgência nos dias 18 e 19 de dezembro.

A suspensão havia sido determinada na sexta-feira (15), em função dos resultados obtidos na primeira semana de dezembro, que indicaram uma contagem alta da alga Pseudo-nitzschia. Essa alga, quando presente em excesso, pode produzir toxinas que podem causar problemas de saúde, como gastroenterites leves, amnésia, parada respiratória e óbito.

O monitoramento higiênico sanitário das áreas de cultivo do litoral paulista é realizado periodicamente pela CDA, que implementou o Plano de Monitoramento de Moluscos Bivalves (PEMMOBI) em atendimento à Legislação Federal e ao Plano Estadual de Contingência para gestão integrada de riscos associados a florações de microalgas tóxicas em águas do litoral paulista.

Cultivo de mexilhões
Divulgação SAA

As análises laboratoriais periódicas do PEMMOBI são fundamentais para a garantia da inocuidade de ostras, vieiras e mexilhões destinados ao consumo humano. Sempre que são detectadas biotoxinas, bactérias ou riscos de contaminações pela presença de microalgas tóxicas nas áreas monitoradas, são tomadas medidas para impedir o consumo e evitar as consequências da ingestão de moluscos contaminados.

“Embora não tenha sido constatado aumento de biotoxinas na carne na primeira de coleta de dezembro, houve a suspensão da retirada e comercialização, em ação conjunta com a Secretaria de Saúde, pela combinação da presença de microalgas em excesso e aumento das notificações de casos de agravos à saúde no litoral, conforme determinado pelo Plano Intersecretarial”, comenta a médica veterinária Ieda Blanco, coordenadora do PEMMOBI.

“A CDA prontamente coletou amostras para novas análises, e com base nos resultados das coletas dos dias 18 e 19, recebidos nesta quinta-feira, garantimos que a alta concentração de algas da coleta anterior não se refletiu em presença de biotoxinas na carne, sendo novamente autorizada a retirada de mexilhões dos cultivos monitorados, até novas recomendações”, conclui.

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