SUJEITO A CACETE

Polícia Militar retira faixas com dizeres que ameaçavam motoqueiros

Recado prometia bater em quem passasse fazendo barulho com o escapamento ou empinando a moto

Da redação
Publicado em 04/01/2022, às 15h57 - Atualizado às 17h11

FacebookTwitterWhatsApp
“Não é uma faixa de ordem. Não podemos permitir que o poder paralelo venha tomar uma atitude que não é deles”, diz o comandante da PM em Bertioga Polícia Militar retira faixas com dizeres que ameaçavam motoqueiros Faixa fixada no poste, escrito: “Proibido  - Reprodução Facebook
“Não é uma faixa de ordem. Não podemos permitir que o poder paralelo venha tomar uma atitude que não é deles”, diz o comandante da PM em Bertioga Polícia Militar retira faixas com dizeres que ameaçavam motoqueiros Faixa fixada no poste, escrito: “Proibido - Reprodução Facebook

“Sujeito a cacete”, é o que prometia uma faixa instalada na última semana no bairro Vicente de Carvalho, em Bertioga. Supostamente instalado pelo poder paralelo, o aviso ameaçava os motoqueiros que passassem fazendo barulho com o escapamento da moto ou empinando o veículo.

A faixa foi retirada do local pela Polícia Militar e em entrevista ao programa Café da Manhã, da TV Cultura Litoral, nesta terça-feira (4), o comandante da PM em Bertioga, Capitão Silva Júnior, explicou o motivo da remoção.

“Não é uma faixa de ordem. Não podemos permitir que o poder paralelo venha tomar uma atitude que não é deles”, comentou o Capitão. Ele finaliza alertando os moradores: “às vezes a população pensa que isso resolve os problemas deles, mas na verdade eles podem resolver agora, mas vão cobrar depois”, disse.

Porém, também nesta quarta, outra faixa com os mesmos dizeres foi instalada no bairro Indaiá. Parece que a atitude está virando moda na Baixada, depois que a primeira faixa foi vista em Cubatão.

É importante ressaltar que estes recados espalhados pelas cidades incitam à prática de agressões físicas, e o Código Penal Brasileiro, no artigo 286, traz o delito de incitação à prática de crime, neste caso, lesão corporal, e prevê pena de detenção de três a seis meses ou multa a quem o pratica.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!