LUTO

Morre em Bertioga o atleta Antonio Monteiro aos 78 anos

Antonio venceu diversos campeonatos de pedestrianismo na região e chegou a superar um câncer; família ainda não divulgou detalhes do enterro e sepultamento

Catarina Del Corso
Publicado em 26/05/2022, às 18h48 - Atualizado às 20h37

FacebookTwitterWhatsApp
Antonio deixa os filhos; ainda não foi confirmado local e horário do enterro e sepultamento Antonio Monteiro Idoso com os braços levantados e roupa de corredor - Arquivo Pessoal
Antonio deixa os filhos; ainda não foi confirmado local e horário do enterro e sepultamento Antonio Monteiro Idoso com os braços levantados e roupa de corredor - Arquivo Pessoal

Morreu em Bertioga, litoral de São Paulo, nesta quinta-feira (26) o atleta Antonio Monteiro, aos 78 anos de idade. Antonio participou e venceu diversos campeonatos de pedestrianismo na região da Baixada Santista além de já ter superado, durante sua vida adulta, o vício em álcool e um câncer.

Quando mais novo, Antonio foi abandonado na infância, pois era fruto de um relacionamento proibido entre cunhados. Em entrevista ao Portal Costa Norteem outra ocasião, ele contou que sua mãe teve que lhe abandonar na porta da casa de uma família que lhe criou como filho.

Leia também: Reservatório de água rompe e atinge residências em Pocinhos

No entanto, isso trouxe ainda mais força para sua vida, transformando as dores em superação e conquistando o carinho dos munícipes de Bertioga, cidade que morava há mais de 35 anos na cidade. 

O atleta chegou em Bertioga trazido por um amigo para trabalhar na construção civil. Veio de Saboá (PE), com a família, a esposa e dois filhos. Devido a recomendação médica, começou a praticar corrida. Com colesterol alto, começou o treinamento para ter mais saúde em todos os âmbitos.

Em 2009, uma hepatite o tirou dos treinamentos. “Mas eu me via correndo, eu sabia que não ia parar”, disse na época à redação. Nesse momento, ainda com o apelido de ‘Diabinho’, começou a se dedicar à religião e abandonou esse apelido que recebeu na infância devido a ser um menino levado.

Em 2010, novo golpe o fez parar com a corrida. “O médico disse que eu tinha câncer de próstata”. Mas a notícia não o desanimou. Antonio fez o tratamento e, por um milagre, como ele mesmo gostava de dizer, ficou curado. “A fé me levantou”, garantiu. Ele voltou para os treinamentos, mais uma vez, e voltou a conquistar medalhas na sua categoria, ficando em 1º lugar nos principais eventos de pedestrianismo da região.

Detalhes do seu enterro e sepultamento ainda não foram divulgados pela família.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!