Muito procurado por turistas e pescadores, local na região costeira do Indaiá oferece riscos, principalmente em períodos de ressaca marítima
Rebeca Freitas
Publicado em 02/10/2023, às 16h18 - Atualizado em 03/10/2023, às 08h44
O local conhecido como Pedra Selada, na região costeira do Indaiá, em Bertioga, é um ponto acessado por turistas e pescadores. Mas, o que muitos não sabem, é que locais costeiros com pedras, principalmente em períodos de ressaca marítima, devem ser evitados.
A Pedra Selada foi, inclusive, cenário de uma morte em 2016, quando um adolescente foi engolido pelo mar: “Em costeiras a incidência de correntes de retorno são maiores, há também o risco de escorregamento pois as pedras podem ficar lisas e, como no caso do garoto de 16 anos, também há o risco de ser atingido por ondas”, explica o tenente do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), Alberto Guimarães.
Apesar da alta procura por parte do público, conforme o tenente, a Pedra Selada não é uma área própria para banho. “Neste local há muitos pescadores, turistas que vão para fotografar ou até mesmo para apreciar a paisagem. É um local de muito risco, principalmente com o mar de ressaca”, alerta.
Como medida para quem quer aproveitar o mar com tranquilidade, o bombeiro recomenda ficar longe dos rochedos. “Nossa dica de segurança é para que os banhistas se afastem de locais com pedras, costeiras e plataformas, pois nestes locais os índices de afogamentos e outros acidentes são maiores”, relata.
Além da Pedra Selada, outros locais na região costeira de Bertioga são perigosos e contam com pedras: Canto do Indaiá, Canto do São Lourenço, Canto da igrejinha Itaguaré, Costeira do Guaratuba e Canto do Itaguá. Enquanto isso, há outros pontos que não contam com pedras, entretanto sofrem correntes de retorno e tem valas e buracos, como o Canal de Bertioga, Rio itaguaré, Rio Guaratuba, que também se mostram áreas de alto risco para banhistas.
Chuva como agravante
A chuva é sempre um agravante para acidentes em todos os ambientes, nas costeiras não é diferente. Nestes períodos, as pedras podem se tornar ainda mais escorregadias, dificultando a prestação do socorro.“Respeitem as placas de sinalização que são colocadas nestes locais. Procure sempre praias que sejam protegidas por guarda-vidas e sempre peçam orientação de qual o melhor lugar para o banho de mar”, orienta Guimarães.
Dentre as demais contraindicações ao entrar no mar estão as boias, espaguetes, colchões de ar e outros flutuadores, que dão uma falsa impressão de segurança e são facilmente arrastados pela correnteza. Também não é aconselhável entrar na água após a ingestão de bebidas alcóolicas, pois o álcool inibe a noção de perigo, facilitando o afogamento.
Rebeca Freitas
Formada pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp)