Artigo estuda possível contaminação de varíola do macaco por superfícies infectadas
Um artigo que estuda a transmissão de Monkeypox analisa a possível infecção de funcionárias da área da saúde através de superfíces infectadas pela doença, intitulado de ‘Possible Occupational Infection of Healthcare Workers with Monkeypox Vírus, Brazil,’ será publicado na edição de dezembro da revista científica Emerging Infectius Diseases, editada pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
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Universidades nacionais de renome participam das pesquisas, como: Fiocruz Pernambuco e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (Cevs/SES-RS), Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e duas internacionais: Universidade Feevale e o Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine - National Reference Center for Tropical Infectious Diseases, de Hamburgo (Alemanha).
Duas enfermeiras foram infectadas pela Varíola do Macaco cinco dias após atender um paciente em casa, ao coletarem material para o diagnóstico da doença.
“Os cuidados adotados nesse atendimento são detalhadamente descritos, mostrando que elas utilizaram todo equipamento de proteção - exceto as luvas - enquanto estavam no período inicial de entrevista, no quarto do paciente. Esse item de proteção só foi colocado no momento da coleta, após elas esterilizarem as mãos”, diz o texto.
A possibilidade levantada é de que as mulheres contraíram a doença ao encostar em superfícies infectadas da casa desse paciente, que se encontrava no pico de transmissão viral. Ou ainda ao manusear a caixa de transporte das amostras, de início com as luvas infectadas e posteriormente sem luvas.
O vírus pode ser grave entre 1% e 10% dos casos, principalmente em crianças, e pode até levar à morte pessoas com saúde debilitada.
Os sintomas da varíola do macaco variam entre pacientes, mas a principal característica são as erupções cutâneas, febre, dor de cabeça, dor nas costas ou musculares, inflamações nos nódulos linfáticos, calafrio e exaustão. Após um tempo com o vírus, se inicia uma coceira dolorosa, que começa no rosto e se espalha por todo o corpo. A derme fica com diversas lesões que formam casquinhas. A infecção costuma passar por conta própria após 21 dias. Em alguns casos, médicos receitam tratamento com antivirais.
A doença foi descoberta em 1958 na Dinamarca em macacos de laboratórios e por isso ganhou esse nome, mas o primeiro caso em humanos foi descoberto somente em 1970, na República Democrática do Congo.
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