Museu do Café

Um museu para admirar e degustar

História e cultura quase sempre andam juntas, mas, no Museu do Café, há mais um atrativo imperdível para completar o passeio: um café delicioso

Da Redação
Publicado em 16/11/2019, às 07h24 - Atualizado em 23/08/2020, às 20h50

FacebookTwitterWhatsApp
Tadeu Nascimento
Tadeu Nascimento

Antes de adentrar o local, perca alguns minutos para admirar a belíssima arquitetura da Bolsa Oficial de Café, palácio inaugurado em 1922, como marco da opulência da elite cafeeira do estado de São Paulo, ou, segundo a versão oficial,  edificado em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. Postar-se na entrada do prédio e olhar para cima, traz imediatamente um sentimento de pequenez diante de tão rica obra artesanal.

Passado o encanto inicial, já sob o teto da edificação, os olhos se arregalam diante da grandiosidade da abóboda principal, da sisudez do mobiliário e da atmosfera histórica que reina no local. Adornando o Salão do Pregão, surge a pintura tríptica de Benedicto Calixto, que mostra as transformações urbanas e econômicas de Santos de três fases diferentes:  fundação da vila, 1822 e 1922.

Participe dos nossos grupos ℹ http://bit.ly/CNAGORA7 🕵‍♂Informe-se, denuncie!

Também é assinado por Calixto  o rico vitral que adorna o topo da abóboda, um dos primeiros do país a encenar valores brasileiros, como o ouro, o café, a cana-de-açúcar e algodão. Melhor sentar-se, porque há muito a ver e admirar.

No andar superior, uma surpresa: modernas instalações abrigam o Museu do Café, criado em 1998. Ele mantém a  exposição permanente A trajetória do café no Brasil, referente à relação da  cafeicultura com  o desenvolvimento do Brasil. São grandes painéis compostos por textos explicativos e fotos restauradas da época áurea do café, que atraiu grandes contingentes de imigrantes, notadamente italianos e japoneses. Há, também, utensílios usados na época, na manufatura do café. Periodicamente, o Museu do Café sedia mostras diversas.

Bom, encerrada  a visita histórica, o cheiro inebriante de café não é apenas sugestão de nossa mente; é a realidade vinda do térreo, da bela e charmosa cafeteria existente logo à entrada, da qual  não se tem vontade de sair.

Grande variedade de cafés tipo exportação, preparados por baristas experientes, está disponível para todas as preferências. Lá você encontra, inclusive, o Jacu Bird, grão produzido no Espírito Santo, produzido pela defecção da ave que lhe empresta o nome. Mas há, ainda, incontáveis tipos de grãos para venda, que são moídos na hora, ao gosto do freguês.

O perfume inigualável do cafezinho feito na hora abre o apetite para salgadinhos e doces deliciosos à venda no local, sempre fresquinhos; e nem poderia deixar de ser assim, haja vista a enorme frequência de amantes do café, seja no dia a dia, seja em feriados.

É um passeio completo: prazer para os cinco sentidos.

O Museu do Café  abre de terça-feira a sábado, das 9h às 17 horas; aos domingos, das 10h às 17 horas. Na temporada de verão, abre também às segundas-feiras. Ingresso R$10; crianças de seis a 16 anos, bem como pessoas com mais de 60 anos, pagam R$5.

Detalhe: a cafeteria funciona de segunda-feira a sábado, da 8h às 18h; aos domingos, da 10h às 18 horas. 

Rua XV de Novembro, 95, centro histórico. Mais informações: (13) 3213 1750.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!