Sedã e hatchback do Honda City já venderam mais de 21 mil unidades até setembro e prometem aumentar vendas com versão 2025 lançada em outubro
Pode observar. Em praticamente todas as esquinas dos grandes centros urbanos tem um Honda City circulando, seja o modelo sedã ou hatchback. O fato é que a nova geração tem conquistado cada vez mais um lugar ao Sol. E nas pistas.
O sucesso de vendas do New City pode ser explicado por causa do valor superacessível, se comparado a modelos semelhantes, porém, bem mais caros. Ou inferiores em equipamentos, como o Volkswagen Virtus ou o Nissan Versa, se levado em consideração o pacote de opções que o City entrega. Sem contar que se trata de um Honda, que tem a (boa) fama de que “não quebra”. Até setembro de 2024, juntas, as duas versões já venderam 21.516 unidades, das quais 11.218 sedãs e 10.298 hatchs.
A versão EXL 2024 testada pela reportagem, em São Sebastião e Caraguatatuba, no litoral norte de SP, sai por R$ 128 mil. No final de outubro, a Honda lançou as versões 2025 dos dois modelos, o que poderá fazer com que os valores das versões 2024 caiam ainda mais. Em breve, falaremos sobre os lançamentos do modelo 2025.
A traseira da versão 2024 do sedã médio EXL (modelo intermediário que fica abaixo da Touring e acima da EX), testado pela reportagem, chegou com uma nova roupagem e uma mudança significativa nas lanternas, em LED, mais modernas, contrapondo o estilo quadradão das primeiras versões.
Mesmo com um estepe temporário, o generoso porta-malas possui capacidade para até 519 litros, espaço excelente para abrigar bagagens de quatro passageiros. Além disso, recebe acabamento todo forrado, inclusive na tampa, algo incomum, já que a maioria das marcas não investe em acabamentos em áreas não visíveis dos carros. Ainda na parte traseira, o proprietário que adquirir o modelo terá à disposição monitoramento feito pela câmera de ré, em três posições.
Já na parte dianteira, as mudanças exteriores são mais visíveis. Mas, uma curiosidade: na contramão da maioria dos lançamentos de outras marcas, os faróis e os pisca-alertas ainda são halógenos, enquanto o DRL segue a tradição, desde que surgiu na indústria automotiva nacional, em LED, assim como os faróis de neblina.
Chama a atenção, logo de cara, o detalhe da grade toda cromada, o que confere charme especial ao conjunto da obra. As rodas da versão EXL são de liga leve e aro 16''. Os espelhos retrovisores vêm na cor do veículo com indicadores em LED e rebatimento elétrico. Não há, porém, detector de ponto cego. No entanto, o retrovisor direito vem equipado com uma câmera que serve como auxiliar de ponto cego, que a marca batizou de Sistema Honda LaneWatch. A imagem aparece na tela multimidia. O dispositivo também pode ser acionado na vareta de seta, mesmo que o motorista não faça a conversão para a direita.
Embora seja considerado um sedã de médio porte, o espaço interno garante muito conforto para quem precisa viajar durante horas, tanto nos bancos dianteiros, como nos traseiros, que aliás, são revestidos em couro de boa qualidade. Tanto espaço deve-se ao entre-eixos de 2,6 metros e seus 4,5 metros de comprimento.
Quem viaja atrás dispõe de saídas de ar-condicionado, “descansa braço”, porta-copos e tomada de 12 volts. O acabamento das portas traseiras e dianteiras é todo em plástico, inclusive o puxador, onde geralmente os passageiros gostam de apoiar os braços. Uma pequena área das portas recebe revestimento de material semelhante a couro sintético. Os bancos dianteiros têm regulagem manual e são confortáveis.
Os passageiros viajam com toda a segurança, graças aos seis airbags (frontais, laterais e de cortina) que equipam o habitáculo. O painel recebe acabamento mais primoroso, inclusive, com material em black piano e couro sintético.
O City se modernizou e chegou carregado de tecnologia, mas não esqueceu da maioria do seu público, mais cativo e conservador, ao manter no painel alguns botões físicos, como os giratórios para a regulagem do ar-condicionado e o volume do som (este último localizado na tela multimídia de 8”) e até o saudoso freio de mão.
Apesar dos botões físicos, o painel que exibe as informações da climatização do carro é digital. Até os paddle shifts, dispositivo localizado atrás do volante, que permite a “troca” de marchas no modo manual, também foram mantidos pela Honda.
Outro ponto interessante que agrada aos saudosistas é o cluster, que, embora tenha o desenho do velocímetro e das rotações por minuto que lembram os ponteiros físicos, na verdade, é todo digital.
Na área onde aparece o ponteiro das RPMs (rotações por minuto), são exibidas informações auxiliares aos motoristas, como a autonomia, velocidade média, medidor de força G, entre outras configurações, que são controladas no volante e que, inclusive, têm regulagem de altura e profundidade e é revestido em couro.
O cockpit central traz o câmbio CVT, que simula sete marchas; um minibaú para guardar objetos, porta-cartões e dois porta-copos. No painel central, o modelo traz duas entradas para AndroidAuto e Appel CarPlay (tecnologias disponíveis também sem fios) e tomada 12 volts.
A posição de dirigir é agradável e confortável. Quase não se ouvem ruídos externos dentro do habitáculo. Sem exageros, na estrada, a impressão é que o motorista está dirigindo um carro elétrico. Os buracos e desníveis na pista são suavizados com a suspensão dianteira MacPherson.
O City 2024 ELX é equipado com motor 1.5 DOHC Vtec com injeção direta, potência de 126cv a 6200 rpm, tanto na gasolina quanto no etanol, além de torque de 15,8 kgfm a 4600 rpm (etanol) e 15,5 kgfm a 4600 rpm (gasolina).
O veículo mostrou-se bem econômico durante os testes, apesar de seu motor potente para suas dimensões. Mas, de acordo com números oficiais da Honda, o City sedã faz, na cidade, 9,2km/l no etanol, e 13,1km/l na gasolina. Já na estrada, ele consegue fazer 10,5km/l no etanol, e 15,2km/l na gasolina.
A reportagem, no entanto, conseguiu números melhores: 13,2km/l no ciclo urbano e 15,1km/l na estrada, utilizando gasolina. Nada mal para um carro que pesa 1,1 tonelada.