Esporões e amarras que cortam a pele; reação agressiva do touro não é natural
Um touro utilizado para montaria reagiu durante o Rodeio Internacional de Barretos, no interior de São Paulo. O animal estava utilizando sedém, um apetrecho que gera estímulos que produzem dor física e ocasionam os ‘pulos’ do touro, junto às esporas dos peões.
Alex Trindade, de 32 anos, acabou sofrendo o acidente durante o show de montaria, neste sábado (27). Além de ser pisoteado pelo animal, também recebeu golpes de chifres no pescoço. O homem foi levado à Santa Casa, onde passou por avaliação médica e recebeu alta.
Os animais reagem de modo agressivo por serem provocados para realizar o entretenimento do público. Estímulos de dor e amarrações são feitas em touros e cavalos para fazê-los pular de forma descoordenada, enquanto o peão é desafiado a se manter em cima do animal em agonia.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou proposta que regulamenta as práticas de vaquejada, rodeio e laço. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados no final de agosto. Não houve vetos e a norma (Lei 13873/19,) entrou em vigor ainda em 2019.
Um levantamento feito pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia, em 2011, identificou entre 228 montarias analisadas, que os touros obtiveram um aumento de agressividade no comportamento entre a preparação e o ‘show’ dos rodeios.
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