Museu de Ciências Naturais agora no Guarujá

Costa Norte
Publicado em 22/01/2016, às 12h22 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h55

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*Foto: Edu Fernandes

O Museu de Ciências Naturais Joias da Natureza, único da Baixada Santista, está de casa nova. Depois de 15 anos em São Vicente, ele foi transferido para o Morro da Campina, mais conhecido como Morro do Maluf, entre as praias de Pitangueiras e Enseada, com trajeto pela alameda Marechal Floriano Peixoto. A visitação tem início neste sábado, 23, das 10h às 19 horas. O ingresso custa R$ 20,00, mas, neste primeiro mês, terá 50% de desconto (R$ 10,00). Haverá agendamento para escolas e grupos em geral.

No acervo, pode-se ver o fragmento do Bedengó, considerado o segundo maior meteoro do mundo, à época do achado, em 1784, no sertão baiano. Este é apenas um dos mais de mil itens expostos no museu, que contém o maior acervo mineralógico da América do Sul. No local, são guardadas amostras de mineralogia, petrologia, meteorítica, paleontologia, zoologia, malacologia (ramo da zoologia que estuda os moluscos), entre outras, oriundas de mais de 190 países e do universo.

O museu nasceu da paixão de um menino que, aos cinco anos, colecionava minerais. Anos depois, o conjunto aumentou e todo o conhecimento ali contido ficou grande demais para ser exclusivo apenas daquele garoto. “Desde meus quinze anos queria compartilhar as maravilhas da natureza com outras pessoas”, diz Paulo Matioli, geocientista e curador do espaço. Além da fração do meteorito brasileiro, outras rochas espaciais de milhões de anos podem ser vistas, entre elas, o Allende, considerado o meteorito mais estudado na história da humanidade por conter em sua matéria, elementos que originaram a vida em nosso planeta e sistema solar. “O Allende é um meteorito raríssimo, que contém a chamada centelha da vida, ou seja, a matéria-prima que compõe há bilhões de anos nosso DNA e RNA”, explica o curador.

Jurassic Park

O museu oferece a seus visitantes outras atrações inéditas em nossa região, como a exposição de um ovo de hadrossauro, proveniente da China. Com idade estimada em 100 milhões de anos, é um dos únicos exibidos no país. “Para saber se esse ovo está fecundado ou não, seria necessária uma ressonância magnética. Pode ser que haja um filhote petrificado dentro dele”, explica Matioli que, além deste, possui ainda em seu arquivo técnico um ninho inédito no Brasil de ovos de oviraptor, proveniente da Mongólia.

Outra raridade é o fóssil de Mesosaurus brasilienzis, que habitou o interior de São Paulo, sul do Brasil e África há 250 milhões de anos, comprovando a teoria da Pangeia, de que todos os continentes eram unidos. Há ainda pegadas fósseis de dinossauros que viveram no interior do nosso estado, em cidades como São Carlos e Araraquara, datadas de 150 milhões de anos, além de fósseis de plantas, peixes e insetos, com mais de 110 milhões de anos. Agendamento de grupos e mais informações pelo tel. (13) 99167 5775 (Paulo Matioli).

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