Santos Jazz Festival ocorre entre os dias 25 e 27 de julho e fará homenagem a dois ícones da música popular brasileira: Gal Costa e Caetano Veloso
O maior festival de jazz do litoral de São Paulo, e um dos maiores do estado, ocorre em julho, no Arcos do Valongo, centro histórico de Santos. A programação da 13ª edição do Santos Jazz Festival foi divulgada nesta quarta-feira (25), na Casa das Culturas, com uma jam session com artistas locais que vão se apresentar no festival: Quarteto Prêt-à-porter, Theorema Trio, Michael In Jazz e Monna.
Nesta edição, o evento fará uma bela homenagem a dois ícones sagrados da música popular brasileira: Gal Costa, que faria 80 anos em setembro, e Caetano Veloso. Os responsáveis por trazer toda emoção para o público são dois artistas talentosos da nova geração: Alice Caymmi e Catto, que se apresentarão junto com a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos.
Neste ano, serão 13 apresentações, inclusive duas internacionais, e com uma novidade: a abertura, que sempre foi às quintas-feiras, será na sexta-feira (25 de julho) e em um lugar novo pela primeira vez, fora de um teatro, no Arcos do Valongo (rua Comendador Neto, 3 – Valongo), a partir das 19h, com quatro shows. Já no sábado (26 de julho), os shows seguem das 14h às 1 hora.
Quem for ao Arcos do Valongo poderá conferir uma feira criativa com aproximadamente 30 expositores. Haverá também uma praça de alimentação e espaço kids, onde os pais poderão deixar seus filhos enquanto curtem o festival.
No domingo (27 de julho), haverá uma programação especial a partir das 15h, na Pinacoteca Benedicto Calixto (av. Bartolomeu de Gusmão, 15 – Boqueirão), com homenagem a Elis Regina, que também completaria 80 anos este ano. Por isso, o jornalista e escritor Júlio Maria vai relançar o livro Elis – Nada será como antes, com histórias inéditas. Haverá um bate-papo e também a participação da cantora Indiana Nomma, interpretando Elis.
Denise Covas, diretora-executiva do festival, comentou: “Estamos ansiosos para mais um ano, nosso festival já é tradicional e movimenta o público da região e de outras partes do estado incrementando a economia local. Por ser no último fim de semana de julho, temos o privilégio de encerrar a programação de férias. Com essa edição, fecharemos a totalidade de shows em pouco mais de 250 apresentações ”.
A organização do festival ressalta que o line-up do evento sempre busca representar a diversidade, com a presença de artistas negros, LGBTQIAPN+, mulheres e pessoas de todas as gerações, justamente para agregar todos os públicos. O compromisso com a representatividade Lgbt+ foi firmado com o Conselho Municipal de Políticas LGBT (CONLGBT) e segue, como em todos os anos, como um festival diverso, grátis e plural.
Jamir Lopes, curador e diretor de produção do festival, disse: “O Santos Jazz Festival tem no DNA trazer música boa, artistas renomados e valorizar os nossos músicos locais com o objetivo de democratizar o acesso e ampliar o repertório cultural em nossa região. Por isso, todas as nossas atividades são gratuitas para todos os públicos".
O curador completou: "O Santos Jazz tem como identidade a promoção da inclusão e o respeito à diversidade. Não por acaso o festival sempre destaca e prioriza a escalação de talentosos artistas negros, mulheres e LGBTQIAP+ na programação de shows do festival, diversidade que também é constatada na nossa plural equipe de produção”.
Em parceria com o Fundo Social de Solidariedade de Santos (FSS), o festival terá o Ingresso Solidário, com a doação de um quilo de alimento não perecível, em homenagem a Herbert José de Sousa, mais conhecido como Betinho. Sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro, Betinho criou o projeto Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
Betinho era irmão do cartunista Henfil e ambos foram contaminados pelo vírus HIV nas transfusões de sangue que eram obrigados a fazer periodicamente, em função da hemofilia. Betinho faleceu em 1997, aos 61 anos, e os irmãos Henfil e Chico Mário em 1988, da mesma doença.
Desde a primeira edição, em 2012, grandes músicos foram homenageados. Já são mais de 240 shows, com mais de mil músicos envolvidos, em mais de 300 horas de música. Também já foram ministradas aproximadamente 45 oficinas com grandes artistas que passaram no festival e músicos locais. Ao todo, mais de 100 mil pessoas já conferiram os shows do Santos Jazz Festival.
Já estiveram presentes nomes como: Hermeto Pascoal, Cesar Camargo Mariano, Família Jobim, Banda Mantiqueira, Yamandu Costa, João Bosco, entre tantos ícones do melhor da música brasileira. A mescla de jazz com variações como: jazz latino, cigano, hip hop, samba, bossa jazz, entre outros ritmos, como blues e soul music, são o DNA do Santos Jazz Festival.