‘Uma foz, uma fala, uma dança para Gilberto Mendes’. Ao completar 90 anos de vida, boa parte dedicada à carreira, o renomado maestro santista recebe este ano uma série de homenagens. Durante os próximos dois meses, as cidades do Litoral Paulista e Vale do Ribeira sediam espetáculos de dança contemporânea preparados especialmente para celebrar o trabalho do compositor. Tudo gratuito e de livre acesso ao público, as apresentações têm a intenção de democratizar a cultura.
"Sempre desejei que dançassem a minha música", disse, emocionado, Gilberto Mendes aos sete jovens bailarinos que compõe o grupo Athos - Núcleo Artístico durante um encontro realizado no Teatro Coliseu, em Santos. "Foi uma surpresa. Não imaginava que a essa altura poderia acontecer isso. Estou muito agradecido", completou. As apresentações ocorrem com o objetivo de causar o estranhamento, sair do tradicional e inserir a concepção da dança nas ruas da região.
Pela dança
A bailarina Míriam Carbonaro é quem assina a direção do espetáculo. "Ficamos muito contentes com a aceitação e, principalmente, a aprovação do maestro. Queremos que todos possam ter acesso à qualidade de música que ele compõe e compôs", explica. "Desta vez, é claro, por meio da dança", finaliza.
A coreografia foi preparada por Alexandre Almeida, que mesmo com poucos anos de carreira, acumula prêmios dentro e fora do Brasil. A produção é do produtor cultural Junior Brassalotti.
Agenda
As apresentações do espetáculo "Uma foz, uma fala, uma dança para Gilberto Mendes" ocorrem em 10 cidades da região. A estreia foi no último dia 24, no Emissário Submarino.
Neste sábado (31), acontece na praça Guadalaraja (Morro da Nova Cintra), também em Santos, às 17h. Em abril, as apresentações ocorrem em Peruíbe (07), Mongaguá (07), Pedro de Toledo (09), Cubatão (13), Bertioga (13), Ilhabela (15), Praia Grande (20), Guarujá (21) e São Vicente (22).
Apoios
O espetáculo tem apoio do Governo do Estado e prefeitura de Santos, tem apoio cultural do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, Associação Cultural Olhar Caiçara e Unichen. Saiba mais
O projeto segue o trabalho de pesquisa do corpo santista na dança, produzido em outros espetáculos realizados pela Companhia, que desde 2002 atua na região. A prioridade é desenvolver as apresentações por meio do movimento inusitado e de interação com a plateia, sempre vista como um membro ativo da encenação, tornando-se um cocriador.
Compositor é um dos pioneiros da música experimental aleatória e do teatro musical no Brasil
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