TUBARÃO NÃO É VILÃO

Entenda a importância do tubarão na natureza e qual o motivo dos ataques aos humanos

População desesperada e desinformação 'rolando solta', confira informações completas sobre o animal e o posicionamento de especialistas sobre os 'ataques' no litoral de SP

Amanda Oliver
Publicado em 16/11/2021, às 19h20 - Atualizado em 17/05/2022, às 14h19

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Tubarões viram alvos de boatos no litoral de SP  fOTO DE UMA BARBATANA DE UM TUBARÃO NO MAR - Imagem Ilustrativa por Pixabay
Tubarões viram alvos de boatos no litoral de SP fOTO DE UMA BARBATANA DE UM TUBARÃO NO MAR - Imagem Ilustrativa por Pixabay

Tubarões, animais que se tornaram vilões devido ao julgamento injusto da sociedade. Não é segredo que a mente humana busca a imagem de animais devoradores e perigosos quando o termo ‘tubarão’ é citado, este tipo de memória e associação é colocada de maneira cultural, através de filmes, séries e boatos.

O segredo que muitos não sabem é que: não há vilão, a cadeia alimentar é essencial para a manutenção do ecossistema, mas calma, o ser humano não é comida de tubarão! Sim, estes animais não gostam da carne humana, e grande maioria dos ataques ocorrem por engano.

Quando o ser humano nada, produz vibrações semelhantes ao das presas do animal, então o tubarão segue em direção ao banhista, morde, mas não termina o ‘ataque’.

Há cerca de 400 espécies de tubarão no mundo, mas somente 33 foram relacionadas a ataques contra seres humanos.

Qual a importância do tubarão?

Animais conhecidos por dominar o topo da cadeia alimentar marinha, os tubarões contribuem para o controle de espécies que são suas presas, permitindo um controle ecológico perfeito para o equilíbrio da fauna e flora marinha.

Caso um ataque em massa contra o espécime ocorra, toda a saúde do ecossistema marinho local estará afetada de maneira drástica.

Tem tubarão no litoral de São Paulo?

Sim, há tubarões no litoral do Estado de São Paulo, principalmente os cações, que em grande maioria não apresentam riscos para os banhistas. Porém, um caso recente chocou a população do Litoral Norte.

Turista é mordido por tubarão em Ubatuba (SP) Turista é mordido por tubarão na praia do Lamberto em Ubatuba (SP) perna machucada com régua ao lado (Foto: Divulgação Instituto Argonauta)

Essa é a confirmação dos pesquisadores do Instituto Argonauta. O turista publicou na internet imagens da perna machucada, que viralizaram nas redes sociais. Nesta segunda-feira (8), pesquisadores confirmaram o que chamam de “acidente” e não “ataque”.

“Não temos conhecimento de registros de acidentes envolvendo humanos nos últimos trinta anos. Trata-se, portanto, de uma situação isolada, que não deve causar preocupação na população”, disse o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta.

Veja a matéria completa aqui. 

Entretanto, novas noticias rondaram as redes e aparentemente um jovem de 11 anos foi ‘mordido’ por um tubarão na cidade de Ilha Comprida.

Na tarde desta segunda-feira (15), uma criança de 11 anos foi ferida por um tubarão enquanto se banhava no mar de Ilha Comprida, no litoral paulista. O incidente foi confirmado pela gestão municipal da cidade. O menino foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade, onde levou pontos na perna e passa bem.

Segundo informações da prefeitura de Ilha Comprida, por volta das 12h, o menino brincava no mar da praia do Boqueirão com familiares, quando sentiu que o tubarão estava na direção de sua perna.  

Criança precisou levar pontos na coxa, mas passa bem. Incidente provocou pânico na praia CAPA - Tubarão fere criança em praia do litoral de São Paulo (Imagens: Reprodução/Redes Sociais e Página Rócio Um Bom Lugar Iguape)

Por meio de nota, a gestão municipal disse que um cardume de cações em rota migratória esbarrou na menino, ferindo-o na perna esquerda.  Um oficial do Corpo de Bombeiros que acompanhou a ocorrência afirmou que a lesão não foi grave.

O caso da criança segue em estudo e biólogos comprovam que o ferimento NÃO foi feito por um tubarão, e que a maior probabilidade é do ferimento ser causado por uma Raia Ticonha.

“A analise dos ferimentos não foi compatível com ataque de cação”, conclui Paulo Santos, biólogo e coordenador do Elasmocategorias.

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