Marinha e pesquisadores científicos coletaram amostras do objeto para aprofundamento de estudo
Amanda Oliver
Publicado em 02/09/2021, às 11h34 - Atualizado em 17/05/2022, às 13h50
Uma caixa enigmática nazista foi encontrada na segunda-feira (30) por banhistas em uma faixa arenosa do litoral brasileiro. O objeto está sendo estudado por pesquisadores que alegam que a caixa é fardo nazista de navios alemães.
O caso ocorreu na praia da Pituba, na Bahia. De acordo com informações iniciais, outros objetos semelhantes foram encontrados nas praias do estado, desde o mês de julho.
O oceanógrafo Carlos Teixeira, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), na Universidade Federal do Ceará (UFC), conta que os fardos vieram de dentro de um navio nazista alemão, que foi afundado em 1944, pela frota americana, que batalhava contra o regime de Hitler.
O navio se encontra há quase seis mil metros de profundidade e o naufrágio ocorreu próximo ao fim da segunda guerra mundial.
Cerca de oito fardos de borracha foram encontrados no inicio de agosto, na Praia do Flamengo, no bairro de Stella Maris, orla da capital baiana, e foi removido inicialmente pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
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Devido ao peso das caixas, foi necessário o uso de um caminhão com guindaste para a remoção. A Marinha em conjunto ao Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba) colheram amostras para estudo das caixas.
Em 7 de fevereiro de 1979, o famoso médico monstruoso do regime nazista, Josef Mengeles, foi encontrado morto na faixa de areia da praia da Enseada, em Bertioga, litoral paulista. O homem foi encontrado por um casal austríaco, que acionou o Cabo da Polícia Militar, Espedito Dias Romão.
O médico foi encontrado na praia por volta das 16h, mas o Espedito não imaginava que estava olhando para o famoso Josef Mengeles, pois o corpo já sem vida carregava um documento falso, com o nome de Wolfgang Gerhard, um austríaco de 54 anos. Somente em 1985 o cabo da PM descobriu que Gerhard era um dos diversos pseudonimos do nazista.
"Mengele foi o mais sádico e cruel de todos. Como se estivesse brincando de Deus, selava o destino dos prisioneiros que chegavam a Auschwitz. Enquanto uns seguiam para o campo de trabalhos forçados, outros eram jogados nas câmaras de gás", explica o jornalista americano Gerald Posner, autor de Mengele - The Complete Story (2000)
O corpo do médico foi sepultado no cemitério de Nossa Senhora do Rosário, em Embu das Artes, mas após uma investigação da polícia alemã, em 1985, a verdadeira identidade foi descoberta e o corpo encaminhado para a Universidade Estadual de São Paulo, onde é utilizado até hoje em aulas de medicina forense.
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