Pescaria, boca do palhaço, argola, música e comidas típicas fizeram o sucesso do Arraiá da Apae 2017. A festa julina realizada entre sexta-feira, 14, e domingo, 16, aconteceu em frente à sede da entidade (avenida Anchieta, 544, Centro). O arraiá contou ainda com cama elástica para crianças, churrasco, pipoca, milho, pastel verde e doces, apresentações musicais e a tradicional quadrilha entre alunos e amigos.
Presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) desde o mês de maio, Tatiane Cavalheiro Martins Otarola comemorou o sucesso da festa e explicou sua finalidade. "Nosso objetivo é arrecadar fundos para pagar nossas despesas fixas. Hoje, a Apae, não consegue quitar a folha de pagamento dos funcionários, então precisamos fazer eventos para pagá-los e, também, arrecadar alimentos para as refeições da escola", disse.
A entidade atende, atualmente, 57 alunos e fornece três refeições diárias: café da manhã, almoço e lanche da tarde. "Além dos atendidos, a equipe toda almoça conosco, ou seja, fornecemos por volta de 70 a 80 almoços diários",explicou.
Tatiane foi a presidente fundadora da Apae Bertioga, em 2002, e se afastou para realizar o tratamento do filho deficiente auditivo em outras cidades. "Na época, a Apae só aceitava maiores de idade", informou. Agora, com o filho crescido, voltou à Apae, descobriu irregularidades e decidiu assumir a entidade. "Houve uma assembleia no mês de novembro, onde a presidente anterior pediu baixa e eu assumi em maio desse ano".
Dívida
A presidente ainda expôs a dificuldade financeira da entidade. "Existe uma dívida constituída desde 2006 no valor de 700 mil reais. Ela foi parcelada em 15 anos e a nossa prestação é crescente por conta de impostos. Nesse mês, por exemplo, a parcela foi de R$ 3.270,00. Mês que vem ela sobe mais um pouquinho, e assim sucessivamente", lamenta. "Os eventos são a única forma de custearmos a dívida, a manutenção da sede e o pagamento dos funcionários".
Foto: JCN
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