Venezuelano é o primeiro capitão do Peixe no momento e exalta orgulho de poder utilizar a braçadeira que um dia foi do ídolo eterno Zito
Titular, capitão e decisivo, Tomás Rincón foi um dos principais nomes do Santos na goleada por 4 a 1 sobre o Vasco, no último domingo (1), na Vila Belmiro, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Além do gol e da assistência, o venezuelano também chamou a atenção pela imposição no meio de campo e, principalmente, pela liderança sobre os companheiros.
Todos os torcedores do Peixe que veem um primeiro volante usar a faixa de capitão e ter uma atuação tão destacada em todos os lados do campo automaticamente lembram de José Ely Miranda, o Zito. Ídolo eterno, ele foi o general da maior equipe da história do futebol, conquistando todos os títulos possíveis com Pelé e cia. no Alvinegro Praiano, além de duas Copas do Mundo com o Brasil, em 1958 e 1962.
Em homenagem ao Deus da Raça Santista, que nos deixou em junho de 2015, o Peixe eternizou Zito com uma estátua na frente da Vila Belmiro e também colocou a letra Z na braçadeira de capitão. No último domingo, porém, a faixa não levou a inicial do ídolo por conta de uma ação da CBF. Tomás Rincón percebeu a ausência antes de entrar em campo e fez questão de exaltar a história de José Ely Miranda.
“A primeira coisa que perguntei domingo passado quando recebi a faixa no vestiário foi o motivo de não ter o Z do Zito escrito nela, por toda a história que tem por trás dela. Antes mesmo de chegar no Santos FC eu já tinha escutado bastante sobre história do Zito aqui e na Seleção Brasileira. Na época do Pelé ele era uma referência e um general dentro de campo. Nos primeiros dias que estive aqui eu conheci a Vila e olhei para a estátua dele bem na frente, já tendo a noção da referência e da pessoa histórica que ele foi para esse clube tão grande. Então é uma honra e um orgulho enorme para mim usar essa braçadeira de capitão”, exaltou o venezuelano.
Além de ter entrado no revezamento de capitães do Santos FC, Rincón também é o comandante da Seleção da Venezuela, onde atua com Soteldo. E nos últimos jogos (contra Bahia e Vasco, respectivamente) o volante protagonizou dois momentos onde ‘protegeu’ o conterrâneo contra os rivais. Fundamental na recuperação do camisa 10, Rincón rasgou elogios ao atacante.
“Eu conheço bem o Yeferson (Soteldo) há muito tempo e estou tentando ajudar ele a ter uma grande continuidade de rendimento, pois sei de sua qualidade. Ele é um craque quando está bem e a equipe necessita muito dele. Então busco ajudá-lo e protegê-lo dentro de campo para que ele possa pensar apenas em jogar futebol”, disse o volante santista.