Tirano coloca anzóis em comida de cães resgatados para ver morte lenta

Um tirano colocou anzóis na comida de cães resgatados para ver uma morte lenta e dolorosa dos animais. O caso ocorreu no domingo (03) e chocou testemunhas.

De acordo com informações preliminares, ao menos sete cães tiveram complicações ao ingerir salsichas recheadas com anzóis, que foram jogadas no quintal de um abrigo para animais resgatados.

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A crueldade ocorreu em Valinhos, região metropolitana de Campinas, em São Paulo. De acordo com Dulce Miragaia, responsável pelo espaço acolhedor, os animais saíram no período da manhã para o quintal da residência, que possui cerca de 4 mil metros quadrados, e ingeriram as salsichas que estavam espalhadas pelo local.

De acordo com a protetora, cerca de 90% dos animais que estão no local são resgatados da rua. Após a ingestão, a tutora dos pets se preocupou com a procedência da carne, e suspeitou que estivessem envenenadas.

Temendo pela saúde de seus animais, a mulher acionou uma equipe de raio-x móvel de veterinários, os profissionais chegaram rapidamente ao local e através dos exames constataram a presença de anzóis no sistema digestivo de 13 animais

Sete cachorros foram encaminhados com urgência para a clinica veterinária, sendo três deles em estado grave de saúde. Todos passaram por radiografia, para auxiliar os veterinários nas operações, visando identificar onde os itens perfurantes estavam içados.

A primeira operação retirou 34 anzóis de um dos resgatados, do segundo cão foram retirados 11 anzóis e do terceiro, seis. Os objetos estavam distribuídos entre o estômago e intestino.

“A pessoa que fez isso colocou o menor anzol que ele podia ter colocado, que é justamente para dificultar inclusive a remoção. Tanto que no nosso setor de diagnóstico por imagem a gente teve muita dificuldade para poder remover por completo todos esses artefatos”, disse o médico veterinário que atende o caso, Christiano Yamasaki para o portal A Cidade On.

O profissional de saúde relata que a intenção do criminoso tirano era promover uma morte lenta e dolorosa aos animas: “Sou médico veterinário há pelo menos 20 anos e nunca vi alguém que tivesse essa disponibilidade. Era para promover morte lenta, ficar judiando dos cães até que eles chegassem ao óbito”, disse Christiano.

Os animais estão em observação e estáveis, mas ainda podem surgir infecções decorrentes dos ferimentos internos. Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia de Valinhos nesta segunda-feira (4). O caso segue em investigação.

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