ANTIDESPORTISTA

Surfista é agredida e tem prancha quebrada a marteladas em praia de Bertioga

Caso gerou repercussão e revolta nas redes sociais; professor de surfe, acusado pela agressão, postou sua versão, na qual afirma estar arrependido

Redação
Publicado em 26/04/2024, às 15h02 - Atualizado às 16h49

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Agressão teria ocorrido na água, durante a prática de surfe - Vagner Dantas/Arquivo Beach & Co
Agressão teria ocorrido na água, durante a prática de surfe - Vagner Dantas/Arquivo Beach & Co

A agressão a uma surfista, na praia de São Lourenço, em Bertioga, gerou revolta nas redes sociais e mobilização pelo boicote a um professor de surfe. Ele é acusado de desferir socos no rosto e quebrar a prancha da vítima, de 31 anos, a marteladas; o caso foi registrado na delegacia de Bertioga como lesão corporal. 

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O caso ocorreu no fim da tarde de quarta-feira (24) e, conforme relatado pela vítima, ela surfava na região do píer de São Lourenço, local muito procurado por surfistas, quando surgiu o professor de surfe e, após discussão, a agrediu com dois socos no lado esquerdo do rosto - que causaram hematomas.  A violência teria acorrido por causa de desentendimentos sobre regras do surfe [prioridade na onda].  

Ela contou, também, que o agressor foi até a casa dele e pegou um martelo de ferro para continuar com as agressões fora da água, no entanto, só não teria conseguido porque a vítima colocou a prancha de surfe na frente. Em relato à polícia, ela afirmou que foi ameaçada para não surfar mais no local.

Várias mulheres, principalmente surfistas, demonstraram revolta nas redes sociais. “É um psicopata”, disse uma. Já outra, compartilhou o caso e comentou: “Muito triste! Eu já sofri tantos tipos de agressão no mar, por ser mulher então, difícil”. Um praticante do esporte também lamentou o caso em suas redes e finalizou: “Toda a minha solidariedade a todas as mulheres que surfam e que, lamentavelmente, ainda passam (com frequência) por agressão física ou verbal na água”.

A escola de surfe, na qual o acusado de agressão dava aulas, publicou nota de repúdio, afirmando que os atos são inaceitáveis e violam os valores do esporte, além da convivência em sociedade. Revelou ter desligado o profissional de educação física do seu quadro de colaboradores e de todas as atividades relacionadas. “Jamais aceitaremos comportamentos agressivos, dentro ou fora de nosso ambiente de trabalho. Não compactuamos com atitudes que contrariem os princípios de respeito e integridade que defendemos”, diz a nota.

Outro lado

O professor de surfe chegou a publicar um vídeo em suas redes sociais, com sua versão sobre o ocorrido, mas deletou posteriormente. A redação teve acesso a esse material, no qual ele se disse  estar “muito arrependido”. Veja o depoimento:

“Eu peguei uma primeira onda e, quando eu fui dar um cutback [manobra de surfe], essa menina estava remando em direção à parede da onda. Para não machucá-la, para não deixar minha prancha bater nela, eu furei a onda e a única coisa que eu virei para ela e falei foi ‘rema para a espuma em uma próxima vez’ e ela ‘ai, comentariozinho de mer**”, disse ele.

A discussão teria continuado e, segundo o professor, a vítima ameaçou bater nele. “Eu aproximei dela, joguei água no rosto dela. Ela virou a prancha com as quilhas viradas para meu rosto, tentou me acertar com a prancha. Eu consegui segurar a prancha, e dei um primeiro soco na prancha dela, ela recompôs. Ela já estava embaixo da água nessa hora, virou, tentou me acertar novamente com a prancha, nesse segundo soco que eu dei na prancha dela, resvalou na borda e acabou pegando nela. Isso aconteceu muito rápido, a galera que estava em volta ali presenciou o fato”, afirmou.

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