Responsável pelo RH da Prefeitura de Barretos é preso em Bertioga

Segunda fase da Operação Partilha apura a suposta divisão de salários na prefeitura de Barretos. O esquema teria desviado mais de R$ 9 milhões

Da Redação
Publicado em 20/05/2019, às 14h16 - Atualizado em 23/08/2020, às 19h23

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Carlos Alberto Perassoli, de 50 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira, 20, dentro da colônia de férias Rui Fonseca, o Sesc Bertioga - Reprodução / Polícia Civil
Carlos Alberto Perassoli, de 50 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira, 20, dentro da colônia de férias Rui Fonseca, o Sesc Bertioga - Reprodução / Polícia Civil

Carlos Alberto Perassoli, de 50 anos, foi preso na manhã da segunda-feira, 20, na colônia de férias Rui Fonseca, o Sesc Bertioga. A diligência, que visava cumprir o mandado de prisão, foi presidida pelo delegado titular de Bertioga José Aparecido Cardia. A prisão é mais uma das ações da segunda fase da Operação Partilha, que apura uma suposta divisão de salários entre funcionários da prefeitura de Barretos.

Na cidade de Barretos, também na segunda, foram presos o chefe do Departamento de Trânsito da prefeitura, além de duas ex-servidoras que trabalharam no gabinete do vice-prefeito e um funcionário terceirizado, que atuava na Secretaria de Administração do município.

Ainda foram apreendidos quatro veículos de luxo, pertencentes aos investigados, além de celular, computadores e documentos relacionados aos fatos.

A primeira fase da Operação Partilha foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Delegacia Seccional de Barretos, na manhã da quarta-feira, 10 de abril, e cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão e constrições patrimoniais contra suspeitos de integrar organização criminosa que atuava na prefeitura da cidade.

Entre os alvos da primeira fase da operação estavam a ex-secretária municipal de Administração Adriana Nunes Ramos Soprano e seu marido. O esquema teria desviado cerca de R$ 10 milhões em pagamentos indevidos a dezenas de servidores municipais. A operação apreendeu armas de fogo, munições, documentos, relógios de luxo e veículo adquirido com produto do crime.

As investigações apontam que servidores públicos eram convidados a participar do esquema criminoso e, se aceitassem, passavam a receber indevidamente entre dois a 11 mil reais mensais a mais em seus salários. Depois disso, estes servidores sacavam parte do valor e devolviam a ex-secretária, em espécie. O nome da operação remete à divisão dos valores recebidos pelos funcionários com a ex-Secretária. 

O esquema perdurou por mais de um ano. Durante as investigações, apurou-se que a ex-secretária, com auxílio de seu marido, tentava se desfazer de parte de seu patrimônio obtido ilicitamente, o que motivou a decretação da prisão preventiva de ambos pela Justiça. A ex-secretária e seu marido foram presos no mês passado e, atualmente,  encontram-se em prisão domiciliar por determinação do Tribunal de Justiça.

Em decorrência das investigações, o Ministério Público ofereceu denúncia contra nove pessoas por integrarem organização criminosa.

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