Os prós e os contras sobre a queda nos índices de criminalidade

Costa Norte
Publicado em 11/03/2016, às 15h36 - Atualizado em 23/08/2020, às 15h04

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*Foto: Divulgação

Por Fábio Chaib

A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo divulgou, na semana passada, uma pesquisa que mostra uma queda significativa nos índices de criminalidade durante a Operação Verão em Bertioga. Os dados são comparados ao mesmo período de 2015.

Segundo o divulgado, nos meses de janeiro e fevereiro, houve uma grande redução nos casos de roubo (60%); roubos de veículo (50%); e furto (67%). Assim como em 2015, os crimes de homicídio doloso (com intenção de matar) e latrocínio (roubo seguido de morte) não tiveram nenhum registro na temporada de 2016.

Por outro lado, Bertioga registrou um caso de estupro, contra nenhuma ocorrência em 2015, e um furto de veículo, fato que também não ocorreu na temporada passada. Perto de outros municípios da Baixada Santista, os números ficam bem abaixo dos registrados. O levantamento também revela que Bertioga é a cidade mais segura entre os municípios da Baixada Santista.

Apesar dos índices ser favoráveis, populares contestam o levantamento e revelam que há muita insegurança pelas ruas de Bertioga. "Infelizmente, a segurança aqui é nota zero, temos muitos assaltos. É complicado,  a gente paga tantos impostos para nada. É a realidade", afirma o zelador Alex de Aquino Marino.

A diarista Cristina Maria Macedo Silvestre duvida: "Eu acho que os índices de criminalidade não diminuíram não. Está piorando cada vez mais. A população está andando com medo. Aqui em Bertioga está sem segurança".

O estudante Cristian Rogério Marciano conta que foi assaltado no início de janeiro. "Me roubaram, assalto à mão armada. Foi no dia 7 de janeiro, às 10h da noite, no centro. Levaram meu celular, uns pivetes apontaram a arma na minha cabeça. Não tinha polícia por perto".

Josenílton da Silva, zelador , disse: "Eu vejo assalto direto, em frente à lotérica, aos bancos. Até tem policiamento, mas, infelizmente, tem muito assalto, principalmente nos bairros. Se vacilar, fica sem a carteira, dinheiro e celular, Tem que rezar pra ficar com a vida".

Por outro lado, há cidadãos que aprovam os índices divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo e apoiam e celebram o trabalho realizado pelos órgãos de segurança na Operação Verão.

Luis Alberto Fraga Bonfiglioli, distribuidor de cosméticos, é um deles. "Percebi um pouco mais de segurança, os policiais agiram dando umas blitze de documentação, já parei em algumas fiscalizações. Achei muito bom. Segurança é tudo, com isso diminui bastante a criminalidade. Os bandidos não tomam coragem para fazer uma assalto maior. Quando tem mais policiais, eles ficam mais acuados".

Alguns comerciantes da cidade também enaltecem o baixo índice de criminalidade e comemoram os benefícios que a pesquisa traz a Bertioga, a exemplo de Francisco Alexandre Moreira, funcionário da Araras Imobiliária:  "A criminalidade diminuiu bastante, principalmente, na época de Rèveillon e na temporada em geral. A gente que trabalha no comércio sentiu uma melhora significativa na procura de imóveis e no varejo como um todo. Isso é muito positivo para o comércio de Bertioga. Das cidades litorâneas, a gente vê Bertioga se destacando em meio a outras cidades até de maior porte. Em matéria de segurança, Bertioga está bem na frente".

Mesmo com reclamações e desacordos em relação à pesquisa por parte de alguns munícipes, o secretário de Segurança de Bertioga, coronel Eduardo Silveira Bello, festeja o momento obtido na temporada. "Foi muito bom o que alcançamos. Tivemos, em janeiro e fevereiro, uma redução de 50% no índice de criminalidade em todos seus aspectos, como furtos e roubos. Nós estamos contentes  com os números e nos incentiva a trabalhar mais ainda para que eles não voltem a crescer. Vamos manter Bertioga como a cidade mais segura da Baixada. A sensação de segurança permanecerá aqui".

Nesta última temporada de verão, Bertioga, que recebeu cerca de 500 mil turistas no período, contou com um reforço de 281 homens para o policiamento. Foram policiais militares e civis, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária, além do apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e dos guarda-vidas temporários.

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