Foto: Bruno Cotrim
A organização Odebrecht começou a assinar, na quinta-feira, dia 1º, o acordo de leniência com procuradores da Operação Lava Jato, que inclui também os Estados Unidos e a Suíça. O acordo prevê multa de R$ 6,7 bilhões com prazo de pagamento de 20 anos.
Com o acordo de leniência, espécie de delação premiada para empresas, a organização admitiu irregularidades em contratos com o governo. Em troca do acordo, a companhia ainda poderá ser contratada pelo poder público. Ao mesmo tempo, 77 executivos e ex-executivos do grupo também já estão assinando os seus termos de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Ao confessar as irregularidades, a empresa apresentou nomes de quase 200 políticos envolvidos no esquema.Entre os delatores estão Emílio e Marcelo Odebrecht , pai e filho, donos da construtora.
Marcelo está preso desde junho de 2015. Em março, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ele foi considerado o mandante de pagamentos de US$ 35 milhões e quase R$ 110 milhões em propina a funcionários da Petrobras.
Em um comunicado divulgado no site da empresam com o título de “Desculpe, a Odebrecht errou”, a empresa reconheceu que participou de práticas impróprias e afirmou que o erro jamais se repetirá.“A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial.Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público. O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos. Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita. (...) A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.
Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página”, informa a nota.
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