EM CASA

Marcelo Crivella, prefeito do Rio, é preso em ação da Polícia Civil e do MP-RJ

Prisão ocorre pela Operação Hades, que investiga um suposto esquema de propina na prefeitura

Da redação
Publicado em 22/12/2020, às 08h29 - Atualizado às 08h30

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Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) foi preso às 6 horas desta terça-feira, 22, em sua casa, na Barra da Tijuca. A prisão ocorreu em uma ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio da Operação Hades, que investiga um suposto "QG da Propina" na prefeitura.

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Crivella está a menos de duas semanas para concluir o mandato, após perder as eleições para Educardo Paes (MDB). O vice-prefeito, Fernando McDowell, morreu em maio de 2018, por isso, a cadeira do Executivo será assumida provisoriamente pelo presidente da Câmara de vereadores, Jorge Felippe (DEM).

A ação conjunta também resultou na prisão do empresário Rafael Alves, apontado como chefe do esquema e também irmão de Marcelo Alves - ex-presidente da Riotur; do ex -tesoureiro da campanha de Crivella, Mauro Macedo; do ex-vereador e delegado aposentado Fernando Moraes; e dos empresários Adenos Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos. O ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos) também teve mandado de prisão expedido, no entanto, ele nao foi encontrado no Rio de Janeiro, pois teria se mudado para Belém e deverá se apresentar à polícia.

Todos os detidos foram encaminhados para a Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro.

Esquema investigado após delação

As investigações, iniciadas no ano passado, apontaram que Rafael Alves era o responsável por receber cheques e intermediar o fechamento de contratos com a Riotur ou viabilizar o pagamento de dívidas do município do Rio de Janeiro.

As informações foram obtidas também por meio da delação premiada do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela Operação Câmbio, Desligo. Ele seria responsável pela lavagem de dinheiro da prefeitura. Aos promotores, ele não informou se o prefeito tinha envolvimento com o esquema, no entanto, afirmou que o empresário Rafael Alves se tornou homem de confiança após viabilizar a doação de recursos para a campanha de 2016.

O chamado "QG da Propina" teria iniciado após a eleição, quando o irmão de Rafael se tornou presidente da Riotur. Dessa forma, as empresas interessadas em fechar contrato ou que tinham valores a receber do município, deixavam cheques com Rafael que, após a propina, facilitava as assinaturas de contrato.

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