Dois homens foram presos em Guarulhos com um quilo do suposto urânio em estado bruto
Quando a gente acha que já viu de tudo nessa vida… Na última sexta-feira (8), a Polícia Civil paulista prendeu dois homens que estavam tentando vender um quilo de um material que supostamente seria urânio. Aos policiais, os dois indivíduos disseram que a venda aconteceria por intermédio da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A prisão ocorreu em Guarulhos, na Grande São Paulo. Amostras do produto foram encaminhadas para análises.
A polícia teria chegado aos dois homens após uma denúncia de uma pessoa que recebeu uma proposta para comprar o material “radioativo” por US$ 90 mil. Ainda segundo esta pessoa, os dois indivíduos teriam dito que possuíam um quilo do urânio como amostra e duas toneladas estocadas.
Dentro da casa em que a dupla foi presa foram encontradas pedras com aparência idêntica ao metal urânio bruto, segundo relato dos policiais.
No depoimento que prestou após ser preso, um dos homens declarou que trouxe o material do Acre e que ia embolsar R$ 10 mil pelo serviço. O outro homem disse que veio de Rondônia e que sua viagem foi bancada pelo PCC. Ambos foram presos por porte ilegal de material nuclear.
O urânio é um mineral que possui propriedades radioativas. Mas segundo o professor do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), Carlos Brayner, em declaração ao Portal UOL,“uma ou duas pedras brutas de urânio (na casa dos quilogramas), embora radioativas, não são amplamente perigosas para a saúde”.
Ainda segundo Brayner, "é necessário pelo menos umas cinco toneladas de urânio in natura para conseguir extrair a quantidade suficiente do isótopo 235 capaz de gerar energia para fabricar uma bomba".
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