PORNOGRAFIA INFANTIL NO LITORAL

Dupla é presa no litoral com vasto acervo de pornografia infantil

Denominada Debug, megaoperação foi deflagrada em todo o território paulista; os dois presos foram localizados em Santos, e a ação se estendeu, também, às cidades de Guarujá, São Vicente e Praia Grande

Da redação
Publicado em 14/12/2021, às 09h23 - Atualizado às 10h49

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Dupla é presa no litoral com vasto acervo de pornografia infantil - Divulgação Polícia Civil
Dupla é presa no litoral com vasto acervo de pornografia infantil - Divulgação Polícia Civil

Uma megaoperação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo prendeu 38 pessoas em flagrante durante a Operação Debug, deflagrada, na última sexta-feira (10), para combater e prevenir a prática de pedofilia na internet. Um idoso de 64 anos e um homem de 40 foram presos em flagrante no litoral de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as atividades ocorreram em mais de 30 municípios do território paulista e nos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

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Ao longo da ação, foram cumpridos 93 mandados de busca e apreensão, que resultaram nas prisões em flagrante e na apreensão de 148 celulares; 156 equipamentos eletrônicos entre CPUs, notebooks e tablets; 612 mídias externas, como pen drives, CDs e HDs; e outros 122 objetos. Também foram recolhidas seis armas de fogo, 26 munições e R$ 99.

A operação Debug é resultado de mais de 40 dias de monitoramento, com a utilização das mais avançadas técnicas de investigação, que permitiu identificar alvos envolvidos com o armazenamento, distribuição e consumo de pornografia infantil pela internet.

Os trabalhos foram coordenados pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e pelo CyberGaeco, com apoio de peritos da Polícia Técnico-Científica e todos os Departamentos de Polícia Judiciária do interior de São Paulo. Ao todo, foram mobilizados mais de 400 policiais civis, com apoio de 157 viaturas.

Os trabalhos em campo no estado de São Paulo ocorreram nas seguintes cidades: São Paulo, Mauá, São Bernardo do Campo, Santo André, Osasco, Taboão da Serra, Cotia, Francisco Morato, Guarulhos, Suzano, Mogi das Cruzes, Campinas, Amparo, Várzea Paulista, Bragança Paulista, Monte Mor, Jundiaí, Atibaia, Itatiba.

Além das cidades de Santos, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, São Carlos, Bebedouro, Serrana, São José dos Campos, Ubatuba, Presidente Prudente, Apiaí, Porto Feliz, Tietê, Bauru, São José do Rio Preto, Franca e Guararapes. Em Minas Gerais as ordens foram cumpridas em Paracatu, enquanto no Rio de Janeiro nas cidades de Nilópolis e Niterói.

Presos no litoral paulista

Na região, a polícia foi a imóveis de suspeitos de produzir e armazenar imagens de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Os dois presos foram localizados na cidade de Santos, e a ação se estendeu, também, às cidades de Guarujá, São Vicente e Praia Grande.

Em entrevista coletiva realizada na tarde de sexta, o delegado Leonardo Amorim Nunes Rivau, da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos, detalhou como se deu a investigação, que iniciou há aproximadamente quatro meses.

"Aqui, na Baixada Santista, foram oito alvos, sendo que sete foram abarcados pelo Deinter-6, e um pela 5ª Deatur [Delegacia de Polícia de Atendimento ao Turista]. Um desses sete alvos [que o Deinter acompanhou], de 64 anos, foi preso em flagrante pelo encontro de muitos arquivos contendo filmagem de sexo explícito com crianças", diz Rivau.

Além disso, conforme o delegado, no computador do suspeito, foram encontrados arquivos que permitem a troca desse conteúdo na internet, e também um browser que permite acesso à deep web.

"Esses vídeos eram imagens que ele armazenou, e fez o download. Aparentemente, ele não produziu, até pelos caracteres que havia ali, muito em inglês, que parecem que foram feitos no exterior", afirmou.

Conforme a autoridade policial, o idoso foi preso pelo crime de armazenar esse conteúdo e disponibilizá-lo, já que, neste tipo de sistema usado pelo suspeito, há uma pasta pública onde ficam esses arquivos, permitindo a disponibilização. Todo o material identificado foi apreendido pela perícia e será analisado.

"Em outros seis locais aqui da Baixada [acompanhados pelo Deinter 6], a Polícia Científica também esteve presente e em cinco deles. Computadores, HDs e outros tipos de material que você pode armazenar arquivos de computador também foram apreendidos e serão objetos de análise", afirma.

Ainda segundo o delegado, como o idoso, além de baixar conteúdo, o disponibilizava na internet, ele não teve direito a fiança, e segue preso. O suspeito deverá passar por audiência de custódia.

"Ele não tinha passagem, e em um primeiro momento, apenas disse que foi por curiosidade, e depois, já orientado pelo advogado, admitiu ter pesquisado, ter visto, mas alegou que apagava. Mas, a Polícia Científica verificou que tinha bastante conteúdo, e que ele inclusive estava fazendo download de mais conteúdo semelhante. E verificou que ele disponibilizava e até enviou esse tipo de conteúdo para outras pessoas", afirma o delegado.

Segundo a autoridade policial, o suspeito é casado, não tem filhos e não levantava suspeitas de ter envolvimento com esse tipo de crime. Na casa do idoso, também foi apreendido um revólver com numeração raspada.

Arma encontrada na casa do idoso estava com numeração raspada Dupla é presa no litoral com vasto acervo de pornografia infantil (Divulgação Polícia Civil)

Além da prisão realizada pelos policiais do Deinter-6, o delegado explica que houve uma segunda prisão, feita pela equipe da Deatur. Trata-se de um homem de 40 anos, preso em flagrante por armazenar conteúdo de pornografia infantil. Na cada desse segundo suspeito, havia diversas roupas, que a polícia suspeita que sejam infantis.

"O perfil dele é de uma pessoa introvertida, ele trabalhava não registrado, com eventuais serviços de motoboy, e morava com a mãe. Havia muito indicativo ali de isolamento. Ele também não tinha passagem", explica Rivau.

Os presos nesta operação vão responder por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. As investigações prosseguem para responsabilizar todos os envolvidos e identificar os responsáveis pela produção desse material.

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