Desrespeito

Desacato a bombeiros é frequente, diz tenente do GBMar

Bombeiro agredido por turistas passará por cirurgia e ficará, pelo menos, um mês afastado; Um setor será fechado devido a falta do soldado.

Da Redação
Publicado em 01/08/2018, às 13h40 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h10

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Joel Ribeiro
Joel Ribeiro

O caso do bombeiro guarda-vidas agredido por um grupo de banhistas, no domingo, 29, na praia da Enseada, trecho do bairro Vista Linda, em Bertioga, levantou a questão da convivência e respeito entre as autoridades e a população, que depende deste serviço público. Além da fratura na mão e escoriações no bombeiro, a confusão iniciada por turistas, que retiraram a placa de sinalização de perigo do local, também  causou a morte Gerson Barbosa , de 39 anos, turista e morador de Mogi das Cruzes. 

O tenente-comandante do Primeiro Batalhão dos Bombeiros de Bertioga, Ivo Sapienza Fernandes revelou que o soldado está no Hospital da Polícia Militar para ser operado, e provavelmente, ficará pelo menos um mês afastado do serviço.  Segundo ele, um setor será fechado por conta do ocorrido: "É um soldado a menos na areia. São 13 PBMs, que vai daqui do Centro até Boraceia, e cada um deles tem cinco ou seis setores. Esses setores dividimos entre o fluxo de banhistas e da área. Nesse caso, pegamos um setor que tem menos fluxo durante a semana e fechamos". Atualmente, o efetivo da cidade conta com 50 homens.

Ele conta que o desrespeito com os guarda-vidas é frequente, principalmente aos fins de semana, quando há um fluxo flutuante e maior de banhistas. "Normalmente, o pessoal ingere bebida alcoólica e já vem com aquele ânimo de que 'é praia, eu vou até lá zoar' e acaba saindo um pouco dos limites". Essa prática, segundo ele, é mais comum entre os turistas. "Quase sempre é difícil ser um local o causador disso". 

Retirar a placa de sinalização de perigo do lugar e sentar no cadeirão do bombeiro para tirar foto: apesar de absurdas, essas são atitudes de alguns turistas, com as quais esses profissionais, muitas vezes, têm de lidar. "A pessoas não dão importância, xingam a autoridade. Infelizmente não é raro acontecer isso. Chegar ao ponto de agressão é um pouco mais difícil, mas acontece". Para ele, o pior de situação como esta, é deixar a população desamparada, já que o guarda-vidas tem que deixar o seu posto para registrar a ocorrência. Ele destaca que é um problema de educação pública e social. 

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