Para a mudança, as instalações passarão por reforma e adequação, que devem ser concluídas até março
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos passará a oferecer atendimento 24 horas a partir de março. Na quinta-feira, 7, foi assinado um convênio entre a prefeitura e a Polícia Civil que possibilitará o atendimento ininterrupto do equipamento, instalado na rua Assis Corrêa, 50, Gonzaga.
Santos se juntará à Capital e Sorocaba como as únicas cidades a possuírem delegacias da mulher com funcionamento ininterrupto. O plano é encerrar a reforma e iniciar o atendimento 24 horas até 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
O convênio prevê que a Secretaria de Serviços Públicos (Seserp) será responsável pela adequação da estrutura física do imóvel, interna e externa, com serviços de pintura, alvenaria e reparos na parte elétrica e hidráulica, incluindo a disponibilização de mão de obra, materiais e equipamentos. O investimento previsto nas obras é de R$ 450 mil.
Pelo acordo, a prefeitura disponibilizará ao menos um guarda municipal diariamente para acompanhar os plantões (a Secretaria Municipal de Segurança já cede outros quatro guardas para distritos policiais do município), além de assistentes sociais e psicólogos para apoiar o atendimento às ocorrências. Também haverá cooperação no desenvolvimento de ações voltadas à prevenção e proteção dos direitos da mulher.
Justificativa
Durante a cerimônia de assinatura do convênio, no Palácio da Polícia de Santos, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa explicou que o funcionamento ininterrupto da DDM deve-se também ao fato de a cidade contar com o maior percentual de mulheres no Brasil (cerca de 54%). Disse ele: “Esse é um projeto importante do governo do estado. Todas as parcerias são válidas para ampliar as políticas de atendimento a esse público”.
O diretor da Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Manoel Gatto Neto, destacou que a parceria entre a corporação e a prefeitura foi essencial para estender o horário da delegacia. Ele destacou: “É uma necessidade fornecer um atendimento qualificado às mulheres vítimas de violência. Há protocolos de atendimento específicos, são necessárias salas especiais para colher o depoimento de crianças, por exemplo. Por isso, essas adequações físicas são necessárias para que funcione 100%".
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