Pacto com o demônio

Casal suspeito de matar jovem em Mongaguá oferecia pacto com o diabo pela internet

Acusados presos preventivamente tentaram sacar seguro de vida da vítima, que também estaria grávida de um dos autores do crime cometido em Mongaguá. Mãe afirma que a jovem foi mantida em cárcere privado

Da Redação
Publicado em 21/08/2018, às 07h50 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h18

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A vítima, Atyla Arruda Barbosa, de 20 anos, foi morta em 3 de julho - Reprodução Internet
A vítima, Atyla Arruda Barbosa, de 20 anos, foi morta em 3 de julho - Reprodução Internet

O casal suspeito de matar a jovem Atyla Arruda Barbosa, de 20 anos, oferecia pacto com Lúcifer pela internet, informou a polícia. A vítima, que estava grávida, foi encontrada morta em uma praia de Mongaguá no dia 3 de julho. Uma das hipóteses é de que a jovem tenha se convertido para a seita satânica e a criança seria um sacrifício para o demônio, no entanto, a mãe da vítima afirma que ela teria sido mantida em cárcere privado e estuprada.

Os acusados, Sergio Ricardo Re da Mota, de 47 anos, e Simone Melo Koszegi, de 41, foram presos preventivamente. Segundo a polícia, eles fizeram um seguro de vida para a vítima no valor de R$ 260 mil em que a única beneficiária seria Simone. Ao tentarem sacar o dinheiro, tendo encerrado o período de carência do seguro, ambos se apresentaram como padrinhos de Atyla, e foram presos.

A mãe da vítima, Selmair Arruda de Moraes, de 44 anos, nega que o casal seja padrinho de sua filha e alega também que ela foi mantida em cárcere privado e estuprada por Sergio, que teria engravidado Atyla. Conforme revelou a mãe, apesar de sempre manter contato com a jovem por telefone, nas últimas ligações ela estava estranha, e aparentemente era orientada a dizer coisas vagas. Depois de 20 dias sem notícias, a mulher viajou de Goiás para Itanhaém, onde descobriu na delegacia que a filha havia sido morta.

A jovem teria vindo de Goiás em busca de uma oportunidade no primeiro semestre do ano, já que havia sido oferecido emprego na transportadora de Sérgio e Simone. A polícia acredita que Sergio matou Atyla no mar, propositalmente, em meio a um denso nevoeiro, para que o casal pudesse ficar com o valor da indenização, paga em caso de acidentes, por isso a simulação de um afogamento.

O laudo do IML indica que a vítima estava grávida de, aproximadamente, três meses. Em depoimento, o acusado afirmou ter tido relações sexuais com a jovem e revelou ser o pai do bebê. Segundo ele, havia o consentimento da esposa, que não podia ter filhos, e a jovem o teria feito em agradecimento pela oportunidade de emprego. Na casa dos acusados, a polícia encontrou outras duas apólices de seguro no nome de outras pessoas, documentos, livros, altares e imagens de Satã e um punhal.

As equipes de investigação de Mongaguá descobriram perfis na internet em que o casal oferecia serviços de magia negra e pacto com Lúcifer em troca de riquezas e poder. A polícia suspeita que a jovem entrou para a suposta seita e, por isso, poderia também ter sido morta em um ritual.

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