Homicídio

Advogado acusado de matar amante não comparecerá a júri

O Júri Popular de Ronaldo Moreira está marcado para o dia 14 de fevereiro, em Mogi das Cruzes

Da Redação
Publicado em 30/01/2019, às 15h09 - Atualizado em 24/08/2020, às 04h43

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Reprodução/OBA
Reprodução/OBA

O advogado Ronaldo Moreira, acusado de assassinar a amante grávida, não comparecerá ao seu julgamento, marcado para o dia 14 de fevereiro, em Mogi das Cruzes. O corpo de Kelly de Paula Novaes, 30 anos, foi encontrado sem roupas na rodovia Ayrton Senna (Mogi-Dutra), em abril de 2016.

O pedido foi feito pelo advogado do réu e deferido pelo juiz da 1ª vara criminal do Foro de Mogi das Cruzes, Feddy Lourenço Ruiz Costa. Na decisão, o magistrado explica que o acusado destaca não ter interesse nenhum na auto-defesa durante a audiência de júri popular. 

Além de ser acusado de matar por motivo torpe, mediante asfixia, ele também responde criminalmente por provocar o aborto sem consentimento da gestante e vilipêndio (vilipendiar é a conduta de escarnecer, desprezar ou ultrajar um corpo humano já sem vida). 

O crime

Moradora do núcleo Ana Paula, no bairro Rio da Praia, Kelly estava grávida de quatro meses e foi encontrada morta na rodovia Ayrton Senna, no dia 16 de abril de 2016, após sete dias de seu desaparecimento. 

Imagem acervo site

O último contato da vítima havia sido com a melhor amiga. Elas haviam combinado de se encontrar na noite do dia, mas Kelly parou de responder as mensagens.

Os familiares começaram a suspeitar quando ela faltou ao casamento de uma prima e a uma consulta marcada para o dia 20 de abril. À época, a amiga de Kelly disse: “Fui à casa dela e a porta estava aberta. Então fui fazer o boletim de ocorrência. Ligamos para a delegacia, para o Hospital de Bertioga, para a clínica onde ela fazia o pré-natal, em Santos, e nada. Então o pai dela resolveu ligar nos Institutos Médicos Legais da região e a encontrou em Mogi das Cruzes”. 

Ronaldo foi preso em sua residência no bairro Caruara, em Santos, após três meses de investigação. As imagens das câmeras de monitoramento de um motel, em Bertioga, ajudaram a Polícia Civil de Mogi das Cruzes a chegar até o advogado. 

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