FENÔMENO

São Paulo registra mais mortes do que nascimentos pela 1ª vez na história

Cidade tem até esta sexta-feira (30) 44.087 óbitos e 41.407 nascimentos, diferença de mais de 2.5 mil óbitos

Da Redação
Publicado em 30/04/2021, às 16h52 - Atualizado às 16h53

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Pela primeira vez na história, o estado mais populoso do país registrará um mês com mais óbitos do que nascimentos. Com cerca de 44 milhões de habitantes, São Paulo tem até esta sexta-feira (30) 44.087 óbitos e 41.407 nascimentos, diferença de mais de 2.5 mil óbitos a mais do que nascidos vivos.

O fenômeno se repete na capital paulista, que teve 12.194 óbitos e 11.724 nascimentos, registrando também o primeiro mês com decréscimo populacional em sua história.

A queda na diferença entre os nascimentos e os óbitos no estado vinha ocorrendo de forma gradual ao longo dos anos, mas se acentuou de forma contundente com a pandemia da covid-19.

Em janeiro de 2020, esta diferença era de 25.113 registros de nascimentos a mais. Em julho do ano passado, caiu para 12.972, patamar que se manteve até março, quando diminuiu para apenas 1.867 registros, invertendo-se a pirâmide em abril, que passou a ter 2.680 óbitos a mais que nascidos vivos, fenômeno nunca antes registrado.

Na capital paulista, a realidade é semelhante, com uma diferença entre os dois atos que vinha caindo ao longo dos anos, mas se acentuou com a chegada do novo coronavírus.

Em janeiro de 2020 eram 7.754 nascimentos a mais, que caíram para 3.987 em julho, elevando-se um pouco nos meses seguintes, mas caindo drasticamente em março, com apenas 445 nascimentos a mais. Em abril a pirâmide se inverteu e os óbitos superaram os nascimentos em 470 registros até esta sexta-feira (30).

Entre as capitais brasileiras, nove viram os óbitos superarem o número de nascidos vivos, sendo que em quatro delas isso ocorre pela primeira vez desde o início da série história, em 2003: São Paulo (SP), Curitiba (PR), São Luís (MA) e Vitória (ES). As outras cinco, Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), já haviam registrado este fenômeno em meses anteriores.

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