O bairro com maior número de casos é a Aparecida, com 2.028 confirmados
O Brasil está atento para a possibilidade - e rumores - de uma segunda onda do novo coronavírus e, na Baixada Santista, não é diferente. Em Santos, foi notado aumento no número de casos desde novembro e, segundo o último boletim, divulgado na quinta-feira, 10, foram confirmados 26.929 casos, e a taxa de ocupação dos 708 leitos covid-19 está em 47%. Dos 289 leitos de UTI, 57% estão ocupados sendo que, no SUS, esta taxa é de 42% e, na rede privada, de 74%.
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O bairro mais impactado com a doença em Santos é a Aparecida, com 2.028 confirmados. A lista completa de casos por bairro pode ser conferida no fim da matéria.
Conforme detalhado, a partir de julho foi registrada uma diminuição na média móvel de casos de covid-19. A queda é atribuída pela prefeitura devido à maior experiência da equipe assistencial (médicos, profissionais de enfermagem, fisioterapeutas, entre outros) no enfrentamento a doença; à busca de assistência pela população o mais rápido possível, evitando o agravamento do caso; à conscientização da população em relação às ações de prevenção à doença, e à fiscalização das medidas sanitárias em vigor.
No entanto, desde novembro foi notado novo aumento, que a prefeitura acredita estar relacionada - em toda a região da Baixada Santista e no país - ao relaxamento das medidas preventivas por parte da população.
Por isso, desde 27 de novembro os centros de triagem (tendas) foram reativados no lado externo das UPAS Central, Leste e Noroeste. Os pacientes com suspeita da doença são atendidos separadamente e fazem coleta para RT-PCR. Assim, apenas casos que necessitem de internação são encaminhados para dentro da UPA.
Outro ponto destacado pela prefeitura é que o número de casos e óbitos causados pela doença deve-se também ao alto índice de testagem no município - Santos realizou testes em 1/4 da população - e ao rigoroso processo de investigação e notificação das mortes causados pela covid-19.
Em alerta
A Administração afirma que prosseguirá com o acompanhamento diário dos dados epidemiológicos relacionados à covid-19 na população e rede hospitalar. Desde o início da pandemia, nos fins de semana e feriados há reforço da fiscalização da Guarda Civil Municipal na orla da praia e outros locais com grande fluxo de pessoas.
Desde o fim de novembro é montada barreira sanitária para impedir o ingresso na cidade de vans e ônibus de turismo. A prefeitura ressalta, ainda, que decidiu pela não realização da queima de fogos no Réveillon na orla da praia, devido à necessidade de evitar aglomerações. A medida segue orientações de autoridades sanitárias e tem como foco principal a proteção à saúde e à segurança da população. Outras medidas restritivas poderão ser adotadas, caso haja necessidade.
Ação regional
No dia 24 de novembro, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) decidiu solicitar aos governos estadual e federal a prorrogação até março de 2021 dos convênios para tratamento de pacientes de covid-19 na região. A decisão foi tomada em reunião extraordinária, realizada no Paço Municipal de Santos, entre os prefeitos que integram o órgão presidido pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Na quarta-feira, 9, a Baixada Santista, chegou a 74.175 casos de covid-19, com o registro de 420 novas confirmações da doença. Na mesma data, a região, composta por nove municípios, totalizou 14 óbitos pelo novo coronavírus, registrados nas cidades de Santos, Guarujá, São Vicente, Cubatão, Peruíbe e Mongaguá, e o aumento de internações, de 370 para 387.
Segunda onda
A possibilidade do país estar passando por uma segunda onda de covid-19 tem sido levantada nos últimos dias. A exemplo, na quarta-feira, 9, conforme publicado na Istoé, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), tem analisado como preocupante a situação da doença no Brasil. A declaração considerou o aumento de casos e a pressão no sistema de saúde. Segundo afirmou o diretor do Departamento de Doenças da entidade, Marcos Espinal, durante coletiva de imprensa, há "sinais" de uma segunda onda do novo coronavírus no país.
Apesar do alerta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou a crescente de casos como um "repique", descartando a possibilidade da situação atual se tratar de uma segunda onda da doença. A declaração ocorreu na quinta-feira, 3, durante sua participação em um encontro promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
“A tragédia ainda está conosco. A doença parece dar repique porque afrouxamos o distanciamento social. Naturalmente, com menor distanciamento, há repique. Mas não é segunda onda como a de outros países”, disse.
Apesar desse posicionamento, segundo divulgado pela colunista Carla Araújo, do Uol, nos bastidores, o ministro admite que, caso o país volte à média diária de mil mortes diárias, o posicionamento pode mudar.
Casos por bairro de Santos
Aparecida 2028
Embaré 1900
Ponta da Praia 1767
Boqueirão 1533
Gonzaga 1486
Campo Grande 1428
Marapé 1257
Não informado 1173
Macuco 1162
Rádio Clube 1143
Encruzilhada 857
Vila Mathias 771
Castelo 753
Morro São Bento 731
José Menino 662
Saboó 656
Pompéia 581
Bom Retiro 558
Areia Branca 523
Estuário 501
Vila Belmiro 494
Vila Progresso 492
Morro Nova Cintra 404
São Jorge 404
Morro José Menino 398
São Manoel 362
Vila Nova 354
Caneleira 262
Santa Maria 256
Morro Pacheco 217
Morro Penha 185
Jabaquara 165
Chico De Paula 151
Morro Marapé 140
Morro Santa Maria 140
Caruara 131
Centro 131
Alemoa 108
Paquetá 81
Morro Saboó 77
Monte Cabrão 73
Morro Monte Serrat 71
Ilhéu Alto 55
Piratininga 49
Morro Jabaquara 44
Outeirinhos 44
Morro Caneleira 37
Vila Haddad 36
Valongo 26
Morro Fontana 21
Chinês 11
Porto Saboó 8
Porto Ponta Da Praia 8
Morro Santa Terezinha 7
Vila Hayden 4
Barnabé 4
Porto Macuco 4
Porto Alemoa 3
Porto Paquetá 1
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