Infectologista esclarece as principais dúvidas sobre o imunizante que, inicialmente, estará disponível apenas na rede privada de saúde
A partir da próxima semana, passará a ser disponibilizado o segundo imunizante contra a dengue na rede particular de saúde de todo o país. Desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, a vacina leva o nome Qdenga e teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano.
O início de 2023 assustou os órgãos da Saúde com o número alarmante de casos de dengue no território nacional. Nos primeiros cinco meses, foram registrados mais de 1 milhão de casos que resultaram em cerca de 500 mortes.
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A vacina Dengvaxia do laboratório Sanofi Pasteur tem registro no Brasil desde 2016, mas só pode ser utilizada por quem já teve dengue.
O médico infectologista e professor do curso de Medicina da Unic Thiago Rodrigues esclarece as dúvidas mais frequentes sobre a vacina.
Pessoas de 4 a 60 anos que já tenham ou não sido infectadas pelo vírus da dengue.
A princípio, será aplicado apenas na rede privada, como clínicas, laboratórios e farmácias. O valor de cada dose será de R$301,27 a R$402,05 de acordo com o preço tabelado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
O esquema vacinal é de duas doses com intervalo de três meses entre as aplicações.
O imunizante é o segundo a ser comercializado no Brasil e é composto por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença. Nos testes clínicos, a Qdenga apresentou eficácia global de 80,2 % contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose, além de reduzir as hospitalizações em 90 %. No fim de 2022 o uso do imunizante foi liberado na União Europeia.
Durante o período de testes, as reações adversas apontadas foram: dor no local da picada, vermelhidão, fraqueza, mal-estar e febre.
É contraindicada para quem tem alergia aos componentes da vacina e para indivíduos com imunodeficiência (por AIDS, em quimioterapia, uso de imunobiológicos e transplantados).
Sem prazo definido, a liberação da Qdenga pelo SUS aguarda liberação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) para aplicação na rede pública.
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