DURATESTON

Lote falsificado de Durateston: entenda a polêmica e quando o uso do hormônio é realmente necessário

“Os sintomas da testosterona baixa são diminuição do desejo sexual, ganho de peso, cansaço, astenia, sonolência, depressão, perda de massa muscular, diminuição da densidade óssea e diminuição da velocidade de crescimento dos pêlos corporais. Em qualquer um desses casos é indicado acender o alerta e procurar um urologista”, revela médico

Da redação
Publicado em 26/03/2023, às 12h07

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recolheu e proibiu a comercialização de lotes falsificados de Durateston®, um dos medicamentos mais utilizados para reposição hormonal de testosterona, alertando os consumidores a sempre procurarem estabelecimentos confiáveis para adquirir remédios, solicitar nota fiscal e, neste fármaco, antes de administrar o medicamento, confirmar na bula se é da farmacêutica Aspen Pharma.

O fato é que a notícia acendeu novamente o tema considerado repleto de tabus e dúvidas por muitos homens: a reposição hormonal masculina, que nada mais é do que a administração de hormônios que estão deficientes devido alguma situação que levou suas glândulas a produzirem menos do que o necessário para o bom funcionamento do organismo.

No caso, o hormônio presente nos homens, e que os levam a procurar o urologista, é a testosterona. O médico urologista Heleno Diegues Paes explica quando sua reposição deve ser feita:

“A reposição de testosterona é indicada para quem apresenta sintomas da sua deficiência e comprovação laboratorial de que os níveis estão baixos. Não há uma idade certa para isto ocorrer, nem ocorrerá em todos os homens. Mas é mais comum com o envelhecimento”.

O reconhecimento da baixa dosagem de testosterona no sangue acontece quando indivíduos apresentam sintomas da sua deficiência. Mas, o Dr. Heleno ressalta que o exame não é indicado como check-up em indivíduos saudáveis e assintomáticos, já que isso poderá levar a resultados falso-positivos e risco de tratamentos desnecessários.

“Os sintomas da testosterona baixa são diminuição do desejo sexual, ganho de peso, cansaço, astenia, sonolência, depressão, perda de massa muscular, diminuição da densidade óssea e diminuição da velocidade de crescimento dos pêlos corporais. Em qualquer um desses casos é indicado acender o alerta e procurar um urologista”.

Em caso positivo

Após constatada por um profissional qualificado a necessidade da reposição hormonal masculina, existem diversas apresentações possíveis das medicações com testosterona. As mais comuns são as injetáveis, de aplicação intramuscular, e as transdérmicas, na forma de gel.

Mas existem também comprimidos, adesivos cutâneos, intranasal e implantes subcutâneos. E qual a melhor maneira? O especialista é bastante claro: “É aquela que seja mais cômoda, tenha menos efeitos colaterais e preço compatível com sua realidade financeira, ou seja, cada pessoa terá uma forma melhor para si mesma. Isso será decidido entre o paciente e o médico”.

Homens jovens que possuem deficiência de testosterona geralmente são inférteis. Para quem pretende manter um potencial reprodutivo, é preciso avaliar se há uma reserva testicular que permita a espermatogênese.

Agora, se existir essa reserva, o urologista afirma que o tratamento não deverá ser feito com uso de testosterona, mas de gonadotrofinas, que são hormônios derivados da hipófise que estimularão o funcionamento dos testículos. Ele lembra, ainda, que homens saudáveis, que usam testosterona com finalidade estética, visando o anabolismo, fatalmente terão um prejuízo na fertilidade.

E mesmo trazendo diversos benefícios para a saúde, como a melhora dos sintomas e, consequentemente, da qualidade de vida, Dr. Heleno alerta para os efeitos colaterais que isso poderá gerar.

“Por isso, o tratamento deve ser realizado por um médico especialista no assunto. São necessários exames de monitoramento ao longo do uso dos remédios. Dentre os efeitos adversos cito o aumento da concentração dos glóbulos vermelhos, eventos tromboembólicos, elevação das transaminases hepáticas, aumento do volume prostático e consequente piora dos sintomas urinários, dislipidemia, aumento do risco cardiovascular”.

Confirmando o diagnóstico da deficiência androgênica, devido insuficiência testicular, o tratamento da reposição hormonal masculina é para a vida toda.

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