Pandemia

Hospital de Campanha de Mogi é desativado após três meses de operação

Embora tenha sido projetado com capacidade para 200 leitos, o Hospital de Campanha nunca teve mais de 50 leitos ocupados simultaneamente

da Redação
Publicado em 27/08/2020, às 10h32 - Atualizado às 10h34

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Pacientes que precisarem de internação; enfermaria ou UTI; continuam contando com o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, onde desde março está instalado o Centro de Referência do Coronavírus Hospital de campanha/Mogi das Cruzes - Divulgação/Prefeitura de Mogi
Pacientes que precisarem de internação; enfermaria ou UTI; continuam contando com o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, onde desde março está instalado o Centro de Referência do Coronavírus Hospital de campanha/Mogi das Cruzes - Divulgação/Prefeitura de Mogi

O Hospital de Campanha será desativado no próximo dia 31 de agosto. A decisão foi tomada pelo Comitê Gestor do Coronavírus de Mogi das Cruzes com base na queda do número de óbitos e internações por Covid-19 registrada nas últimas semanas e em toda a estrutura já montada para garantir os atendimentos necessários.
Desde sexta-feira, 21, a unidade deixa de receber novos pacientes, cuidando apenas dos que já estão em tratamento no local. Os pacientes que precisarem de internação – enfermaria ou UTI – continuam contando com o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, em Braz Cubas, onde desde março está instalado o Centro de Referência do Coronavírus.

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O Hospital de Campanha foi instalado na avenida Cívica, no Mogilar, e entrou em operação no dia 24 de maio. Até o dia 20 de agosto, registrou 494 admissões de pacientes, dos quais 432 tiveram alta, 41 foram transferidos e 21 permaneciam internados. 

Embora tenha sido projetado com capacidade para 200 leitos, o Hospital de Campanha nunca teve mais de 50 leitos ocupados simultaneamente. “Nós fizemos o planejamento em quatro partes de 50 e assim os contratos foram feitos também, como está no Portal de Transparência, para que os custos fossem proporcionais. O que passasse de 50 seria por acréscimo de 15 leitos, mas em nenhum momento nós precisamos passar”, explicou o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.

Entre os motivos citados pelo secretário para o fechamento do Campanha está a redução no número de casos confirmados e óbitos provocados pela Covid-19. Desde o final de maio, a média móvel de óbitos tem registrado uma queda consistente. “Acende um sinal de alerta quando passamos de cinco [por dia]. Três vezes nós passamos. Mas, desde a semana 28, e a gente está na 34, que a gente está na descendente. São seis, indo para sete semanas, com queda no número de óbitos”, explicou. 
Em uma reunião de trabalho aberta à imprensa, o secretário explicou ainda que, caso o Hospital de Campanha fosse fechado nesta sexta-feira (21), a média de ocupação de leitos públicos de enfermaria da cidade seria de 72% e de UTI de 61%, mantendo o município nas mesmas condições exigidas para a manutenção da fase atual.

“Historicamente, os leitos UTI Covid não têm se alterado, com média de ocupação em torno de 60%”, informou. O Hospital Municipal conta com 79 leitos, dos quais 54 estão equipados para terapia intensiva e 25 para enfermaria. “Se houver a necessidade de um alargamento, os leitos são móveis. Tanto no Hospital Municipal quanto no Hospital Luzia de Pinho Melo, a gente consegue confortavelmente ajustar conforme a demanda, mantendo esses pacientes muito bem instalados e bem cuidados”, completou. 

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